Numa categoria cada vez mais decadente do mercado nacional, a veterana Fiat Weekend, que um dia já teve Palio no nome, chega à linha 2016 com novidades relevantes apenas para o acabamento topo de linha, Adventure. As versões Attractive e Trekking foram quase totalmente esquecidas.

O Fiat Adventure 1.8 2016 traz maçanetas na cor do veículo, apoia-braço para o motorista, vidros elétricos traseiros com one touch e antiesmagamento; sensor de estacionamento traseiro e rádio Connect integrado ao painel, que reproduz CD’s, MP3/WMA, tem entradas auxiliar e USB, além dos comandos de voz Bluetooth.

Anteriormente, quando eram opcionais, todos esses conteúdos faziam o preço da perua subir para R$ 63.472. Agora, a partir da versão 2016, com os novos itens de série, o Weekend Adventure 2016 será ofertado por R$ 62.320. A redução é pequena, mas bem-vinda, embora o modelo ainda continua caríssimo, afinal, é uma perua derivada de um carro compacto, que não passa por uma atualização de verdade há anos, e que sai de fábrica, até hoje, sem alguns itens triviais para um carro que custa mais de R$ 60.000, como, por exemplo. banco traseiro bipartido (!) e volante com comandos do rádio.

Para não dizer que as versões Attractive 1.4 e Trekking 1.6 não foram esquecida, elas, juntamente com a irmã “aventureira”, receberam uma nova e bonita opção de cor metálica: Vermelho Oppulence (veja abaixo), que custa R$ 1.379.

*: Valor em 24/06/2014

‎A gama de acessórios Mopar completa a lista de conteúdos da Weekend 2016. São 77 itens que vão de tapetes, barras transversais, porta bicicletas até central multimídia que oferece itens como GPS, DVD players, câmera de ré, entre outras funções.

O motor 1.4 8V Fire Flex da station wagon Weekend Attractive até hoje não é EVO e desenvolve os mesmos (e poucos) 85 cv de potência e 12,4 kgfm de torque com gasolina e 86 cv e 12,5 kgfm com etanol. Já o propulsor 1.6 16V E.TorQ da versão Treeking gera 115 cv e 16,2 kgfm com gasolina e 117 cv e 16,8 kgfm com etanol. A motorização 1.8 16V E.TorQ do Weekend Adventure desenvolve 130 cv e 18,4 kgfm com o combustível fóssil e 132 cv e 18,9 kgfm com o derivado da cana-de-açúcar.

Toda linha Weekend 2016 vem equipada, de série, com apoios de cabeça para todos os ocupantes, banco traseiro rebatível, bolsa porta-objetos nas portas dianteiras e bolsa porta-revistas no encosto dos bancos dianteiros; comando interno de abertura do porta-malas e da tampa do tanque de combustível; computador de Bordo (distância, consumo médio, consumo instantâneo, autonomia, velocidade média e tempo de percurso); console central com porta-objetos e porta-copos (2 dianteiros e 1 traseiro); conta-giros; desembaçador, limpador e lavador do vidro traseiro; direção hidráulica; faróis de neblina; Fiat Code 2ª geração; follow me home; airbag duplo e freios com sistema ABS com EBD; iluminação do porta-malas; luzes de leitura dianteira e traseira com interruptores nas portas, My Car Fiat (personaliza várias funções do carro); tomada 12V; travas elétricas + trava automática das portas a 20 km/h; vidros elétricos dianteiros com one touch e antiesmagamento, volante com regulagem de altura, entre outros itens.

Resumo da obra

A adição de equipamentos fez bem à perua Fiat Weekend Adventure 2016, ainda mais com a leve redução de valores. Mas o seu preço poderia ser menor para tornar a sua relação custo/benefício muito mais atraente. O valor poderia ser o mesmo da linha 2015 – caro para a época, mas bem mais atraente e adequado hoje (por causa do mercado atual).

Para as versões Attractive 1.4 e Trekking 1.6, que partem de R$ 49.150 e R$ 51.350, respectivamente, a Fiat deveria ter colocado ar-condicionado de série. Não ter esse equipamento “básico” em dois veículos que custam na faixa de R$ 50.000 é algo que não pode acontecer.

No mais, a linha Weekend 2016 continua com os mesmos defeitos e qualidades: bom espaço para bagagem (460 litros de volume no porta-malas), limitado espaço para os passageiros do banco traseiro (fruto de um projeto dos anos 1990), posição de dirigir ultrapassada para o motorista (banco incomoda, falta de ajuste de profundidade do volante), ergonomia ruim do painel (exemplo: saídas de ar centrais muito baixas), ótima qualidade mecânica (a versão Attractive 1.4 tem fama de ser inquebrável).