A inflação está afetando a vida de todo mundo. Prova disso é que os carros mais vendidos do Brasil passaram dos 30% de aumento em 2021. O que é triste é que a incapacidade do governo federal de ter uma polícia econômica estável, que siga um caminho, o que piora ainda mais a situação.
O estudo foi feito pela Kelley Blue Book (KBB) Brasil, que comparou os preços médios dos modelos 0 km (referência KBB) mais populares do país, em janeiro de 2021 e em dezembro de 2021.
O resultado, segundo a KBB, significa comparar os preços dos anos modelos 2021, existentes no começo do ano passado, contra os preços da linha 2022 de cada um deles no final do ano.
O que mais subiu
Por esta metodologia, o Hyundai Creta foi o modelo que mais “inflacionou” em 2021 entre os 10 mais vendidos, uma vez que passou de R$ 90.497 em janeiro de 2021, em média, para R$ 122.151 em dezembro, o que corresponde à uma variação de 35%.
Porém, cabe ressaltar que, no caso do Creta, os 35% de aumento não são apenas inflacionários, uma vez que o modelo trocou de geração e passou a oferecer motor, tecnologias e equipamentos mais avançados na linha 2022.
Stellantis
A mesma ressalva deve ser feita para a Fiat Toro e Jeep Compass, uma vez que ambos tiveram reestilizações mais marcantes no ano passado quando trocaram de linha 2021 para 2022, sobretudo por conta da estreia do motor 1.3 GSE turbo. Tal fato deve ser levado em conta para analisar os 17,8% e 14,8% de aumento médio de preço, respectivamente, dos dois.
Já entre os carros que mais subiram de preço na lista dos mais vendidos, sem alterações relevantes na troca de ano modelo durante 2021, o Fiat Mobi é o que mais surpreende, com 30,4% de acréscimo de preço ao comparar janeiro com dezembro do ano passado.
KBB: Comparação de média de preço 0 km – 10 carros mais vendidos do Brasil em 2021 | ||||
Marca | Modelo | MY2021 em jan/2021 | MY2022 em dez/2021 | Variação |
Fiat | Strada | R$ 76.986 | R$ 103.114 | 33,9% |
Hyundai | HB20 | R$ 67.032 | R$ 83.923 | 25,2% |
Fiat | Argo | R$ 64.390 | R$ 83.721 | 30% |
Jeep | Renegade | R$ 117.006 | R$ 141.750 | 21,1% |
Fiat | Toro | R$ 142.150 | R$ 167.400 | 17,8% |
Chevrolet | Onix | R$ 68.872 | R$ 83.716 | 21,6% |
Jeep | Compass | R$ 175.985 | R$ 202.038 | 14,8% |
Volkswagen | Gol | R$ 59.716 | R$ 74.263 | 24,4% |
Fiat | Mobi | R$ 43.633 | R$ 56.883 | 30,4% |
Hyundai | Creta | R$ 90.497 | R$ 122.151 | 35% |
A KBB Brasil utiliza tecnologias de análise de dados e Big Data para produzir os levantamentos de precificação de veículos novos e usados. O processamento é realizado por um complexo algoritmo alimentado semanalmente por uma base com mais de 800 mil informações de preços de diferentes fontes do mercado.
Além disso, todos os dados são avaliados diariamente por uma equipe de especialistas para garantir a validação dos preços publicados no site de acordo com a realidade brasileira.
Preços não param de subir
Já falei muito sobre preços aqui no blog e os valores, infelizmente, não param de subir. Dólar altíssimo, falta de insumos, manutenção da margem de lucro, menor carros produzidos e alta demanda são os motivos. E, claro, os impostos, que tem uma carga muito pesada também, e da pandemia.
Para fechar, chama a atenção na tabela acima os expressivos aumentos dos carros, digamos, mais “baratos” do top 10: Mobi, Argo, HB20 e Gol subiram, no mínimo, 24,4% – sem nenhum motivo que justificasse esse número tão alto…
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Todos os anos, gasolina, carros e pedágios parecem mais caros do que nunca, então escolher o veículo mais econômico é uma jogada inteligente. Troquei meu 3.2 hemi por uma picape de 1.400 e vejo a economia. Obrigada.