Tentando preencher uma lacuna circunstancialmente criada por falta de opções mais modernas de mercado, uma vez que Bravo e Punto saíram de linha, que o Palio não tem mais condições de se sustentar sem uma atualização, e ainda sem a chegada do esperado Argo, o Fiat Uno 2018 chega com novo sobrenome para uma versão, “novo” câmbio, novo item de tecnologia e fica mais barato – depois de ter ficado mais caro.
A principal atração do Uno 2018 é passar a contar, como item de série em todas as versões, com sistema de monitoramento da pressão dos pneus, que detecta automaticamente quando há uma pressão inadequada em um ou mais pneus após a última calibragem (avisando pela tela no quadro de instrumentos).
Esse dispositivo se junta a outros itens de conforto e segurança já presentes no compacto desde a linha 2017, como direção elétrica, Hill Holder, controles de estabilidade e tração, além do sistema Start&Stop, introduzido no Uno 2016.
Igual ao Mobi
O câmbio manual automatizado de cinco marchas (com paddle shift) evolui mais um pouco e deixar de ser Dualogic Plus, que tem a imagem (e o funcionamento) questionada, e passa a se chamar GSR-Comfort, como no Mobi.
O pequeno também foi o responsável pela mudança do nome da versão de entrada do Uno: sai Attractive e entra Drive.
Design e motores
O visual do Uno 2018 não mudou e ainda agrada, embora não seja mais tão marcante quanto o da linha 2015/2016 – aquele que contava com os três quadrados na parte frontal (símbolo do “quadrado redondo”).
Debaixo do capô, os motores Firefly se destacam. O propulsor 1.0 6V desenvolve 72 cv de potência e 10,4 mkgf de torque com gasolina e 77 cv e 10,9 mkgf com etanol. A motorização 1.3 8V gera 101 cv e 13,7 mkgf com o combustível fóssil e 109 cv e 14,2 mkgf com o derivado da cana-de-açúcar.
Preço cai depois de subir
Preço – Linha (2017 ou 2018) | Março (2017) | Abril (2017) | Maio (2018) |
Fiat Uno Attractive/Drive 1.0 | R$ 42.680 | R$ 43.320 | R$ 42.980 |
Fiat Uno Way 1.0 | R$ 43.830 | R$ 44.490 | R$ 44.150 |
Fiat Uno Way 1.3 | R$ 48.590 | R$ 49.320 | R$ 49.120 |
Fiat Uno Way 1.3 Dualogic/GSR | R$ 51.990 | R$ 53.830 | R$ 53.630 |
Fiat Uno Sporting 1.3 | R$ 50.330 | R$ 51.080 | R$ 51.080 |
Fiat Uno Sporting 1.3 Dualogic/GSR | R$ 54.760 | R$ 55.580 | R$ 55.580 |
Na prática, toda linha 2018 do Uno ficou com preços mais elevados, mas a sensação de ter ficado “menos cara” se deve por dois motivos: a pequena redução de valores (depois de mais um aumento, o de abril) e a adoção do monitoramento de pressão dos pneus, que melhorar o valor agregado do modelo.
Resumo da Obra
O Uno atinge o seu auge sendo o reflexo da Fiat hoje no Brasil: é um carro ultrapassado em termos de projeto, caro (levando em conta o seu propósito desde o início na década de 1980), com ótima qualidade mecânica, econômico e com uma série de recursos muito legais – que comentei acima.
Mas o lendário modelo passou a sofrer com a chegada do Mobi e com a sua elevação de patamar (e preço), que o colocou para enfrentar adversários com conjunto mais atraentes – briga que era papel do Palio vencer.
Agora é torcer para o Argo arrumar a casa, pois a atual estratégia adotada pela marca ítalo-brasileira, visivelmente, ainda não decolou.
Já faz um tempo que não consigo ver a FIAT como uma marca interessante.
Por que?
Renato, gosto de olhar as novidades, quando tem novas tecnologias, lançamentos, essas coisas. A FIAT parece que parou no tempo. Esse é um exemplo. Incorporar um sensor de pressão é bom, mas não chama a atenção. Veja bem… acabou com um monte de carros, Bravo, Idea, Linea. Nem sei o que aconteceu com o Doblo. Se não acabou com ele, cadê as atualizações? HJ pra mim a FIAT virou UNO e MOBI
. Ontem vi um Argo camuflado. Pelo tamanho me parece que vai ficar no lugar do Pálio.
concordo com vc, vamos ver como a fiat vai ficar depois q lançar o ARGO. e olha q tenho um punto e talvez eu nao volte mais a comprar um fiat
Fui estagiário na FIAT pouco antes do lançamento do Tempra, acho que em 1990. Me lembro de ir na estamparia e ver o carro sem rodas sobre um pedestal. Fiquei maravilhado e prometi a mim mesmo que um dia compraria um. Em 1996 eu consegui realizar aquele sonho. Foi um versão para o salão do automóvel. Não tinha um nome específico, mas era super completo. Tinha bancos elétricos, farol anti-ofuscante, o ar era digital, cortinas no para-brisas traseiro e aquele motorzão 2.0 que era um dos melhores da época. Esse deixou saudades. Tinha 26 anos, tempo e dinheiro para as viagens.