Costumo ir para São Paulo (SP) muitas vezes a trabalho. As viagens são quase sempre as mesmas no sentido de rotina. Mas, numa das mais recentes, tive uma agradável surpresa: uma manhã de muita diversão e de despedida a bordo de um Fiat Bravo T-Jet!
Pelas fotos, vocês percebem que não é um Bravo novíssimo, linha 2016, uma vez que não foi a Fiat que me emprestou o carro – a marca tem seus critérios de empréstimo a jornalistas e, infelizmente, o De 0 a 100 ainda não atende a esses requisitos. Mas não posso deixar que isso me atrapalhe e, dessa forma, consegui uma unidade do modelo para uma rápida avaliação. Como eu tinha pouco tempo, aproveitei o máximo possível!
Motor, o astro
O principal destaque do veículo foi e continua sendo o seu motor 1.4 16V turbo a gasolina, que desenvolve 152 cv de potência a 5.500 rpm e 21,1 mkgf de torque entre 2.250 rpm e 4.000 rpm. Acoplado a um câmbio manual de seis marchas, o Bravo instiga o motorista a acelerar, mesmo com seus pesados 1.435 kg. Mas, caso o motorista não queira, é possível rodar tranquilo e macio no dia a dia, poupando combustível e tendo um carro mais normal.
Se quiser diversão, basta pisar mais fundo para explorar o propulsor. Mesmo nas marginais de São Paulo, onde a velocidade máxima atual é de 70 km/h, foi possível perceber como o hatch acelera bem. Quando o motor enche um pouco, ele logo fica animado, abrindo um sorriso no rosto de quem está atrás do volante.
Se quiser explorar o hatch médio em todo o seu potencial, aperte o botão Overbooster no painel. Com ele acionado, o torque máximo sobe para 23 mkgf a 3.000 rpm, dando ao Bravo um fôlego extra. E você realmente nota que ele fica mais forte, afinal, quase 2 mkgf fazem diferença para praticamente todos os carros.
Durante o tempo em que fiquei com o Fiat, senti falta da direção elétrica ser mais firme, especialmente com o carro a 70 km/h. Por outro lado, a leveza foi excelente para manobras rápidas e de estacionamento, muito comuns na cidade. Com 400 litros, o porta-malas me agradou bastante, mas o espaço interno foi reprovado, especialmente no banco traseiro.
Espaço
Na frente, como sou muito alto, foi realmente difícil encontrar uma boa posição de dirigir. O Bravo tem ajustes de altura do banco e de altura e profundidade do volante, que são extremamente úteis, mas o meu problema foi o teto solar Skydome.
Para suportar todo o sistema elétrico, o acabamento do teto precisa ser rebaixado e bate na minha cabeça (mesmo com o banco todo para baixo), me impossibilitando de encontrar uma posição confortável e segura de guiar. Por isso prefiro carros sem teto solar.
Em termos visuais, o Bravo continua bonito, sendo que a sua linha 2016 está um pouco mais atual. Mas o projeto já demonstra os sinais da idade e pede por uma nova geração.
Equipamentos
A lista de equipamentos de série do Fiat Bravo T-Jet é até animadora, com destaque para alarme, apoios de cabeça e cinto de três pontos para todos; ar-condicionado automático Dualtemp com saída de ar para o banco traseiro (que é bipartido com apoia-braço central e porta-copos); chave canivete com telecomando para abertura das portas, vidros e porta-malas; computador de bordo; freio a disco nas quatro rodas com ABS, EBD e ESS (sinalização de frenagem de emergência); controle de estabilidade (ESP); airbag duplo; faróis de neblina com sistema Cornering; Isofix; Hill Holder (sistema ativo freio com controle eletrônico que auxilia nas arrancadas do veículo em subida); kit parafusos antifurto das rodas (um por roda); piloto automático; travas, vidros e retrovisores elétricos; rodas de liga leve 7.0 x 17” esportivas com acabamento diamantado + pneus 215/45 R17; sensor de estacionamento traseiro; volante revestido em couro multifuncional (8 botões); central multimídia Uconnect Touch 5″ (com tela de 5″ touchscreen; comandos de voz Bluetooth; audio streaming; entradas auxiliar e USB; MP3; rádio AM/FM) – mas, no carro avaliado, a central ainda tinha a antiga e pouquíssimo prática tela que não era sensível ao toque.
Preço
Por outro lado, seu preço público sugerido, R$ 89.770, é extremamente alto, em especial para um veículo superado pela concorrência e que vende pouco, sofrendo com uma desvalorização mais alta. Sua versão de entrada, Essence 1.8 manual ( R$ 71.050), que já custou bem menos do que os seus rivais diretos, também poderia ser mais barata.
Resumo da obra
Ainda assim, o Bravo é um carro legal e que me garantiu (poucas e) boas horas de diversão durante uma manhã. Fiquei o resto do dia pensando no seu comportamento dinâmico e agradecendo a oportunidade, pois foi uma forma digna e interessante de me despedir oficialmente dele, uma vez que, pelo andar da carruagem, o hatch não deverá ficar muito mais tempo entre nós, deixando de ser fabricado em breve.
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junho o BRAVO saira de linha isso ja foi confirmado pelo autossegredos
Informação velha já. Isso já é sabido há tempos. Importante mesmo foram as impressões do carro!