Custo com o carro ficou 4,1% mais caro em 2014. Lavagem e estacionamento puxaram o aumento

Andar de carro e fazer a manutenção preventiva do automóvel no Brasil ficou 4,1% mais caro em 2014, número inferior à inflação nacional. A alta dos “preços automotivos” foi puxada pela lavagem e estacionamento.

A Inflação do Carro da Agência Autoinforme, que levanta os preços de todos os itens usados pelo motorista, encerrou 2014 com uma alta de 4,1%, índice abaixo da inflação no País, que foi de 5,2% conforme o IPC da Fipe. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 6,41% no ano passado.

Um fato curioso desse levantamento é que, se não fosse a crise de abastecimento de água em São Paulo, o índice poderia ser menor. A falta d’água provocou o fechamento de muitos lava-rápidos e elevou os preços da lavagem do carro. Mesmo sendo um item que não tem muito peso na composição da Inflação do Carro, a lavagem pesou no índice final porque teve um aumento expressivo no ano. O preço da lavagem completa subiu 7,5% e a lavagem simples teve uma alta de 20,1%. Foram os dois itens que mais subiram em 2014.

Mais sete itens tiveram aumentos expressivos no ano passado, acima de 5%. O maior deles foi do estacionamento, que ficou, em média, 6% mais caro. Uma pena que estabelecimentos comerciais como o BH Shopping, em Belo Horizonte (MG), insistem em aumentar o valor do estacionamento, todo ano, de forma abusiva: de 2012 para 2013, por exemplo, o aumento foi de 25% (contra uma inflação de 5,84%); mais recentemente, de 2014 para 2015, o salgado aumento foi de 12,5% (praticamente o dobro da inflação). A justificativa é sempre a mesma: “a alteração se deve em função de reajuste nos custos operacionais e melhorias em equipamentos e novas tecnologias”. Aja lucro…

O balanceamento das rodas subiu 5,8% e alinhamento e lona de freio ficaram 5,3% mais caros. O jogo de velas e a correia dentada subiram 5,1% e a mão de obra 5,2%. Etanol e gasolina, esses sim com grande peso da composição da Inflação do Carro (os combustíveis representam 30% de todas as despesas do motorista), tiveram aumentos relativamente baixos em 2014: 1,9% no período.