A Aliança Renault-Nissan comemorou 15 anos no última dia 31, data em que as duas marcas anunciaram a ação de integração. Conheça um pouco mais sobre essa união.
Renault e Nissan se uniram em 1999, quando a Renault investiu 643 bilhões de ienes (aproximadamente 5 bilhões de euros ou 5,4 bilhões de dólares, na época) para ingressar no capital da Nissan, que na ocasião estava à beira da falência. Desde então, as duas empresas se tornaram um dos maiores grupos automobilísticos mundiais e atingiram a venda 8,3 milhões de automóveis em 2013 – em 1999, 4,8 milhões de unidades haviam sido vendidas. Hoje, a Renault tem 43,4% de participação na Nissan enquanto que a Nissan tem 15% de participação na Renault.
“Juntas, Renault e Nissan aumentaram significativamente sua presença mundial e geraram economias de escala muito superiores ao que cada uma poderia ter obtido separadamente”, comentou Carlos Ghosn, Presidente do Conselho de Administração e CEO da Aliança Renault-Nissan. “A Renault e a Nissan trilharam uma trajetória única nestes 15 anos, maximizando sinergias e desenvolvendo a marca e a cultura corporativa de cada uma das empresas.”
De acordo com as marcas, a Renault-Nissan é a parceria intercultural mais longa e produtiva da indústria automobilística – um modelo de negócio que fez história em um segmento que é conhecido pelas frequentes dissoluções.
Assista ao minidocumentário abaixo sobre a Aliança e as parcerias da indústria automobilística:
Números recentes da Aliança
Em 2013, a Aliança, incluindo a AVTOVAZ – a maior montadora da Rússia – bateu o recorde de 8,3 milhões de carros vendidos.
A Aliança Renault-Nissan vende um em cada 10 carros comercializados em todo o mundo e é o quarto maior grupo automobilístico mundial. Oito marcas compõem a Aliança: Renault, Nissan, Renault Samsung, Infiniti, Venucia, Dacia, Datsun e Lada.
A Aliança gerou aproximadamente 2,8 bilhões de euros em sinergias em 2013, o que também é um recorde. Estas sinergias foram obtidas através da redução e corte de custos e aumento de receitas. Apenas sinergias novas ou incrementais são consideradas a cada ano – e não as sinergias cumulativas.
Até 2016, este montante deve se elevar a pelo menos 4,3 bilhões, graças à fusão nas áreas de Engenharia, Manufatura & Gestão da Cadeia de Fornecimento, Compras e RH. A convergência de áreas representa um novo capítulo nos 15 anos de evolução da Aliança – as quatro funções principais serão gerenciadas pela Renault e a Nissan de forma conjunta. Cada função será comandada por um novo Vice-Presidente Executivo da Aliança, e um novo comitê de gestão vai supervisionar sua execução.
O papel dos países emergentes
Quando a Aliança Renault-Nissan Alliance foi formada, em 1999, aproximadamente 1% das vendas totais do grupo acontecia nos chamados BRICs — Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2013, mais de 30% das vendas totais do grupo acontecem apenas nestes quatro países – exemplos que a PSA (Peugeot Citroën) deveria seguir. A Aliança também lançou em 2013 uma novíssima arquitetura de veículos compartilhada para mercados emergentes, chamada de CMF-A.
Renault e Nissan também são pioneiras na mobilidade zero emissão. Em 2013, Renault e Nissan venderam um total acumulado de 134.000 veículos zero emissão em todo o mundo desde 2010, quando foi iniciada a comercialização do Nissan LEAF, o que é mais do que o total vendido por todas as grandes montadoras juntas.
Desde 1999, a Aliança tem se beneficiado de uma expansão, acomodando novos projetos e parceiros em todo o mundo. Hoje, a Aliança possui uma participação majoritária na joint venture que controla a AVTOVAZ, a maior montadora da Rússia. A Aliança também tem importantes colaborações estratégicas com a alemã Daimler, a chinesa Dongfeng Motor, a indiana Ashok Leyland e a japonesa Mitsubishi Motors.
A Aliança Renault-Nissan emprega aproximadamente 450.000 colaboradores em todo o mundo, incluindo na AVTOVAZ e na Dongfeng Nissan Passenger Vehicle Company, a joint venture da Nissan com a chinesa Dongfeng Motor.