A Peugeot passa por um momento delicado no Brasil. Embora já esteja por aqui há muitos anos, com direito a uma fábrica no Rio de Janeiro e mais de 160 concessionárias espalhadas pelo país, a marca continua em queda na sua participação de mercado, amargando a falta de um veículo de sucesso há muito tempo. A estratégia de preços, de equipamentos e a falta de produtos competitivos em segmentos específicos deixaram até as revendas bastante preocupadas. O alivio é que a Peugeot já começou a praticar mudanças para sair desta situação. Mas será que vai dar tempo?
Esta é a segunda vez que falo sobre isso. É curioso ler a primeira, pois a esperança da marca por aqui era outra.
Diante das fracas vendas, a Associação Brasileira de Concessionárias Peugeot (Abracop) exigiu que a marca fizesse algumas mudanças para tornar seus modelos mais competitivos. Entre os diversos pedidos estão veículos mais equipados sem o aumento de preços e o fim de alguns modelos.
207
O automóvel neste caso é o 207 nacional que, não custa lembrar, é o 206 com a cara do 207 europeu. O carro ficou ultrapassado em relação aos concorrentes e foi perdendo o brilho até dentro da própria Peugeot. Atualmente o 207 pode ser encontrado apenas nas versões Blue Lion e XR, com preços variando entre R$ 26.990 e R$ 31.590, sempre equipadas com motor 1.4 8V flex.
Aos poucos o 207 dará adeus ao nosso mercado (deve morrer em dezembro deste ano). Para um último suspiro, bem que a marca poderia vendê-lo apenas em uma versão, o equipando com todos os itens disponíveis (incluindo airbag duplo e, se possível, ABS – que nem aparece como opcional no configurador do site).
A perua 207 SW já se foi e a “dupla dinâmica” 207 Sedan e picape Hoggar deve seguir os mesmos passos do hatch em breve.
408
O interessante sedã 408 também não vive dias muito louváveis. Mesmo com muito mais qualidades do que defeitos, e com um visual muito melhor e mais harmônico do que o seu antecessor (307 Sedan), o sedã não consegue sair da incômoda 10ª posição do segmento em 2013 (segundo a Fenabrave – janeiro a junho), sendo superado, por exemplo, por modelos mais antigos, como Nissan Sentra.
A estratégia da Peugeot para tentar alavancar as vendas do 408 foi reduzir o número de versões para a linha 2014. Agora são apenas duas: Allure 2.0 16V flex (manual, por R$ 59.990, ou automática, por R$ 63.990) e Griffe 1.6 16V Turbo (R$ 73.990).
O custo/benefício do 408 é realmente interessante, especialmente da versão Allure, que sai de fábrica com airbag duplo frontal, apoios de braço individuais nos bancos dianteiros, ar-condicionado automático digital Bi-zone com saída de ar traseira; banco do motorista com regulagem de altura, Bluetooth “viva-voz para celular, acoplado ao som” e streaming; coluna de direção com regulagem de altura e profundidade; comando de rádio na coluna de direção, computador de bordo, direção eletro-hidráulica, entrada USB para som; faróis de neblina dianteiros, freios ABS + AFU (auxílio a frenagem de urgência) + REF (repartidor eletrônico de frenagem); rádio CD MP3 Player, rodas de liga leve 16″, vidros elétricos dianteiros e traseiros, seqüenciais e com sistema antiesmagamento; volante revestido em couro, entre outros itens.
Ficamos agora na expectativa do lançamento da esperada transmissão automática de seis marchas, que irá aposentar o ultrapassado, problemático e pouco eficiente câmbio automático de quatro marchas.
208
Quando o Peugeot 208 foi lançado, em março de 2013, fiquei preocupado com os preços do modelo. Então fiz uma pesquisa e cheguei à conclusão de que o 208 1.6 estava caro, especialmente se levarmos em consideração os concorrentes diretos. Já o 208 1.5 não era tão caro assim, mas ele não tinha um preço agressivo o suficiente para conquistar o consumidor e derrubar os rivais.
E foi exatamente a versão 1.5 que a marca do leão retrabalhou. Sem alardes e, pelo visto, para atender (também) aos concessionários, a Peugeot lançou o pacote “Pack” para a versão Active. A novidade faz o hatch custar R$ 42.990, exatamente entre os R$ 39.990 do Active e os R$ 45.990 do Allure.
Além da lista de equipamentos do 208 Active, composta por calotas integrais de 15″, faróis com luz diurna (DRL) com lâmpada alógena, painel com display LCD, airbag duplo dianteiro, freios com ABS e REF (o EBD da Peugeot), computador de bordo, ar-condicionado, direção elétrica progressiva, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas com comando na chave, porta-luvas refrigerado, entre outros, o “Pack” inclui central multimídia touchscreen 7″, navegação GPS sensível ao toque, rádio MP3 Bluetooth, volante multifuncional, entradas USB e auxiliar; retrovisores externos com comandos elétricos e volante revestido em couro. Na prática é a versão Allure sem o teto de vidro panorâmico.
As versões Active, “Active Pack e Allure saem de fábrica unicamente com câmbio manual de cinco marchas e motor 1.5 208 Active Pack é vendido com a motorização 1.5 Flex, que entrega 93 cv com etanol e 89 cv se abastecido com gasolina.
Mesmo com esse “Pack”, continuo decepcionado pelo fato do 208 não um preço realmente agressivo no Brasil. Se a minha sugestão (abaixo) fosse aceita, sem retirar nenhum equipamento, a Peugeot venderia o 208 igual pão quente.
Preços atuais
Peugeot 208 Active 1.5 – R$ 39.990
Peugeot 208 Active Pack 1.5 – R$ 42.990
Peugeot 208 Allure 1.5 – R$ 45.990
Peugeot 208 Griffe 1.6 – R$ 50.690
Peugeot 208 Griffe 1.6 automático – R$ 54.690
Minhas sugestões
Peugeot 208 Active 1.5 – R$ 36.990
Peugeot 208 Active Pack 1.5 – R$ 39.990
Peugeot 208 Allure 1.5 – R$ 41.990
Peugeot 208 Griffe 1.6 – R$ 45.690
Peugeot 208 Griffe 1.6 automático – R$ 49.690
Temos ainda o 308, o “restart” da marca do leão no Brasil, que é um dos melhores hatches médios do segmento, mas que também sente (muita) falta de um câmbio automático mais eficiente, e de uma definição sobre o seu futuro no país. Digo isso porque a sua nova geração será lançada em breve na Europa. Acredito que um posicionamento oficial da marca sobre o assunto (quando o novo 308 será vendido por aqui) tranquilizaria os consumidores, que agora ficam com receito da compra do 308 “nacional” por motivos óbvios.
Pelo menos a Peugeot lançará no Brasil o SUV 2008, que me agradou na Europa. Logo publicarei um post com as minhas impressões sobre ele.
Atualizar o câmbio automático de seus modelos; reduzir o preço do 208; definir a situação do 308; e lançar o 2008: quatro caminhos para a Peugeot voltar a ter uma participação mais expressiva no mercado brasileiro. Ficará faltando apenas comercializar um novo modelo de entrada no país, que custe menos de R$ 30.000, além de um sedá compacto/compacto premium – o belo 301.
o 208 active tava sendo vendido nas concessionarias PEUGEOT daqui na promocao por 37990! achei um otimo preço se baixassem mais 1mil e colocassem como preço sugerido ia vender muito mesmo e fazer o mesmo sucesso q o 206 fez ha uns 12 anos atras qto sempre estava entre os 10 mais vendidos do mercado
a PEUGEOT ja demonstrou tmb em tem um interesse em vender o 208 com motor 1.0 12 valvulas de 3 cilindros assim como estao fzendo agora a hyundai e a vw, dizem q o 208 1.0 deve partir de 31mil ou 32mil em media o preço… se for sera otimo!
“mas ele não tinha um PRESSO agressivo”
Parei de ler a matéria neste ponto.
Olá Felipe. Embora essa correção já tenha sido feita há muito tempo (cerca de 5 minutos depois da publicação do post), o texto antigo, infelizmente, pode aparecer ainda. De qualquer forma, republiquei o conteúdo para ter certeza de que o erro ortográfico definitivamente não vai aparecer mais. Obrigado pelo “aviso”.
A Peugeot deveria lançar a nova picape Hoggar com cabine estendida é banco para três ocupantes que carrege 1ton de carga.
Reestilizar o Partner com banco para três ocupantes,aumentando seu comprimento,que leve 1ton de carga é o que falta no portifólio da Peugeot.