Caros amigos, tirei alguns dias de folga e vim para Fortaleza, no estado do Ceará, para descansar. Até por isso ficarei sem postar com frequência por alguns dias. Entretanto, algo me chamou a atenção aqui nesta bela cidade costeira, e por isso estou escrevendo: a falta de segurança e de noção dos motoristas que dirigem por aqui.
Cadê o cinto de segurança? – Foto meramente ilustrativa – Reprodução |
Tudo bem que este não é um privilégio só de Fortaleza, do Ceará ou do Nordeste. E realmente por ser o retrato de uma minoria. Mas o que tenho presenciado aqui me assusta pela dupla bobagem.
O primeiro aspecto que me impressionou foi o excesso de velocidade dos motoristas. Já passei períodos longos em outras importantes capitais, como Salvador (BA), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Curitiba (PR), Natal (RN) e Vitória (ES), e, junto com os fluminenses, os fortalezenses são os mais imprudentes motoristas que já vi em termos de velocidade – entre as cidades citadas.
Reprodução |
Mas o que mais me impressionou por aqui foi o hábito dos motoristas de não usarem cinto de segurança! Confesso que achei que eu estivesse exagerando e que fosse tudo uma coincidência. Para ter certeza, me sentei na Av. Beira-Mar, de frente para o trânsito e, com a união de um contator manual e de um celular, contei 137 carros. Desses, impressionantes 99 motoristas estavam sem cinto! E o pior: vários deles correndo um bocado!
Estes números não valem como um estudo aprofundado e detalhado, mas revelam, de certa forma, um retrato de um período de alta temporada de férias numa grande e turística cidade brasileira em que os motoristas estão mais “relaxados”, regado de uma boa dose de impunidade por parte das autoridades locais.
Enquanto isso, sigo pelas minhas aventuras a bordo de um Fiat Palio ELX 1.0 2010 alugado aqui. O carro tem 64.500 km rodados, 4 portas, ar-condicionado (não original), limpador e lavador do vidro traseiro. E só. Direção hidráulica, travas e vidros elétricos, airbag duplo, ABS e outros equipamentos nem sonhando (embora o novo tenha). Pelo menos não fiz nenhum tipo de negócio com a Localiza, com a Avis ou com outra locadora ruim. Assim tenho uma viagem mais tranquila.
O cinto de segurança já salvou minha vida num capotamento em um Mille que rolou ribanceira abaixo. Sempre usei, independente do percurso.
E com relação da cidade para passar as férias, ótima escolha.
eu fui salvo pela dupla airbag e cinto de segurança quando o meu carro foi atingido por um bebado num semaforo.
concordo com o fabio: fortaleza foi uma otima escolha!
Detalhe: sabe o que tem muito em Fortaleza passeando de carro na Beira-Mar? Turistas. Ou seja, desses 99 imprudentes, provavelmente uns 10 são fortalezenses. Muitos turistas acreditam que por estar em outra cidade não serão multados e isso pode justificar a ausência dos cintos. Ou seja, esses “sem noção” podem ser paulistas, cariocas, mineiros, etc… Recomendo uma reflexão antes da próxima postagem.
Edgar, realmente pode ter sido isso.
Mas hoje fiquei durante 5 horas num local pouco turístico da cidade, especialmente para conhecer uma “Fortaleza de verdade” – gosto muito de fazer isso. E foi triste perceber que o cinto de segurança também não era “figura” frequente, embora ele tenha aparecido mais do que antes. Mas o excesso de velocidade e o número de motociclistas sem capacete chamaram muito a minha atenção.
Não importa a cidade do mundo, mas cinto de segurança, capacete para motos e respeitar os limites de velocidade deveriam ser “equipamentos de série”.
Conversa para boi dormir. Tenho certeza como nem 10 dos 99 são turistas. Estereotipar que quem está percorrendo a Beira-mar de carro é turista é extremamente falho. Fortalezense anda sim sem cinto, e é muito imprudente. Sou de Fortaleza, e estive recentemente no RS. Nossa, é uma paz o trânsito, pessoas se respeitando, pedestres respeitados. Em Fortaleza, quer morrer? Coloque o pé na faixa.
De: Mauricio
Sou gaucho mas moro em Fortaleza desde 1996 – há mais tempo do que morei em Porto Alegre. Concordo que, como foi dito, esta medição não serve como pesquisa detalhada e aprofundada – é uma mera amostragem. Mas ela não deixa de representar um comportamento dos motoristas da cidade. Eu acrescentaria que boa parte dos motoristas sem cinto está em classes opostas: os mais “ricos” e os mais “pobres”. Tão ruim quanto andar sem cinto é andar sem capacete. Por isso concordo com a presidenta Dilma, que falou mais uma vez no Piauí que é necessário investir os royaties do petroleo brasileiro em educação. Só assim para as pessoas mudarem de vez.
Não conhecia o seu blog mas vou passar a segui-lo. Um abraço
Me chamou a atenção o comentário sobre as locadoras de veículos. Alugo carros com frequência na Localiza e sempre fui atendido com excelência. Sem contar que geralmente pego carros muito novos.
Jow, infelizmente, excelência e Localiza são duas palavras que, nas minhas experiências, não combinam.
Já aluguei carro na Localiza 10 vezes e tive algum tipo de problema em 8. São motivos variados: péssimo atendimento (o pior que já vi); preço cobrado acima do combinado; reserva de veículo inexistente; carro fedendo; carro que entra água (uma cachoeira), e o pior de todos: carro com tricado no vidro dianteiro, que foi marcado na folha de análise do veículo quando eu o peguei e que eles me cobraram o conserto na hora que eu devolvi.
Um abraço!