Já está chegando às concessionárias Renault de todo Brasil a linha 2011 do Logan, que recebeu retoques no visual, além de melhorias internas. Com preços iniciais que variam entre R$ 28.690 e R$ 32.690, a marca tentou corrigir os principais problemas do sedã, mas mantendo as suas qualidades.
A montadora francesa sempre explorou o que o Logan tinha de melhor: o excelente espaço interno, o ótimo espaço para bagagem (510 litros) e os três anos de garantia (ou 100.000 quilômetros de garantia – o que ocorrer primeiro). Estas três qualidades foram mantidas na linha 2011, que recebeu mudanças no design, que era o principal problema do modelo, e melhorias no acabamento e na ergonomia, que sempre incomodaram os consumidores.
Visualmente, o Logan está bem menos feio. Sua dianteira foi reformulada e conta agora com uma grade frontal formada por filetes horizontais na cor cinza, lembrando muito o Honda City. Do irmão Symbol veio um friso cromado, que está sobre a grade de todas as versões do modelo. Os faróis mantiveram o formato, mas ficaram maiores.
Já a traseira, considerada “feia mesmo” pela própria Renault, tem nova tampa do porta-malas, que tem um pequeno ressalto, passando a ideia de um spoiler integrado. Para-choque e lanternas também foram redesenhados. Na versão mais requintada, o modelo tem ainda uma barra cromada na extremidade da tampa do porta-malas. Realmente as mudanças deixaram o carro mais apresentável, e não mais com aquela impressão de um veículo moderno para os anos 1990.
Disponível com sete opções de cores diferentes, sendo duas sólidas (vermelho vivo e branco glacier) e cinco metálicas (preto nacré, cinza acier, bege angorá, azul crepúsculo e prata etoile), o Logan cresceu com as alterações, passando a ter 4,29 m de comprimento (3,9 cm a mais).
Na parte interna, o Logan 2011 melhorou, graças à correção de um velho problema que a Renault cometeu com o Clio e insistiu em repetir com a dupla Logan e Sandero. Os botões para acionar os vidros elétricos, que antes ficavam no painel (para poupar fiação), agora foram para as portas, ficando numa posição mais racional dentro do veículo. A boa ergonomia agradece.
O acabamento também foi revisto e, segundo a marca, está melhor com o uso de novos materiais. Já o quadro de instrumentos tem novo grafismo, mas a iluminação na cor âmbar foi mantida, assim como os ruins indicadores digitais de nível de combustível e temperatura do líquido de arrefecimento. Do irmão Sandero vieram as maçanetas internas maiores e o acabamento circular prateado das saídas de ar.
Versões e preços
O Logan 2011 está disponível em duas versões de acabamento, com duas opções de motorização: 1.0 16V Hi-Flex (Authentique e Expression) e 1.6 8V Hi-Torque (Expression). A antiga versão Privilege 1.6 8V, que era a topo de linha, sai de vez do mercado, evitando o confronto quase direto com o Symbol.
A versão de entrada, Authentique 1.0, custa os mesmos R$ 28.690 da linha 2010. Se o valor é atraente, o mesmo não pode ser dito da lista de equipamentos de série. Todas as versões do Logan saem da fábrica no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, no Paraná, equipadas com pára-choques na cor da carroceria, conta-giros, rodas de aro 14”, alarme sonoro de advertência de luzes acesas, porta-copos no console central dianteiro e brake-light.
Já a Expression, que parte dos R$ 30.190 com propulsor 1.0 (e R$ 32.690 com motorização 1.6), conta ainda com desembaçador de vidro traseiro; banco do motorista com regulagem de altura; manopla do câmbio, maçanetas internas e saídas de ar com acabamento na cor alumínio; painel interno das portas com revestimento em tecido; frisos laterais na cor da carroceria e iluminação no porta-malas e no porta-luvas.
Entre os opcionais, divididos em pacotes, destaque para ar-condicionado, direção hidráulica, volante com regulagem de altura, vidros e retrovisores elétricos, rádio MP3 com comando satélite na coluna de direção, sistema ABS de freios, airbag duplo, volante revestido em couro e três apoios de cabeça traseiros (que deveriam ser de série).
Os motores não sofreram alterações. O 1.0 16V continua com 76 cv de potência e 9,9 mkgf de torque com gasolina e 77 cv e 10,1 mkgf com etanol, enquanto o ruidoso e eficiente 1.6 8V tem os mesmos 92 cv e 13,7 mkgf com gasolina e 95 cv e 14,1 mkgf com o derivado da cana-de-açúcar.
Em 2009, o Logan teve 5% de participação no mercado brasileiro de sedãs compactos. Com as mudanças da linha, a Renault trabalha com a previsão de 7% de participação em 2010, o que significa um volume de 35 mil unidades ao ano. Os modelos com motor 1.0 devem responder por 60% do mix de vendas.
Texto que escrevi para o Jalopnik
Fotos: Renault/Divulgação