Levante a mão quem já torrou a grana do lanche em Daytona USA, game baseado na Nascar americana, lançado pela Sega em 1994 para os arcades de todo mundo. Qualquer um que passasse em frente ao fliperama nessa época ficava impressionado com tamanho do conjunto da obra, composto por quatro grandes cockpits paralelos, ligados juntos para corridas ao mesmo tempo.
O jogo da Sega foi um dos grandes responsáveis por consagrar o estilo arcade de games de corrida, criando uma legião de fãs e adoradores. Este estilo é voltado para corridas rápidas e com muita diversão, sem muito compromisso – diferente dos simuladores, que valorizam a física dos veículos e as técnicas de pilotagem.
Depois de se sentar e de ajustar o assento, como num carro de verdade, o jogador já começava a sentir arrepios antes mesmo da corrida começar. Bastava a música “Let´s go away” – a mais famosa da trilha do jogo – tocar para isso acontecer. Para muitos, a mesma sensação se repete até hoje. Basta ouvir “Daytonaaa, let´s go away”. Para outros, a música já se tornou irritante – mais isso não vem ao caso.
Passada a adrenalina sonora, era possível escolher entre três pistas: Three-Seven Speedway, a mais fácil; Dinosaur Canyon, a média; e Seaside Street Galaxy, a “expert”. Os circuitos eram variados e desafiadores, justificando os seus respectivos níveis.
Depois da pista, havia apenas um carro disponível, mas com duas opções de câmbio: automático ou manual, ambos de quatro marchas. A diferença de desempenho podia ser sentida na velocidade final, com vantagem de 10 km/h a mais para o manual: 325 km/h x 315 km/h.
Capotagens
Sem dúvida, a pista mais famosa do game é a mais fácil (beginner), um circuito quase oval onde o jogador poderia prevalecer de duas formas: na técnica, fazendo voltas perfeitas; e no “braço”, abrindo caminho à força. Quem já jogou Daytona USA provavelmente já capotou ou já foi capotado por alguém. Depois da capotagem, o veículo ficava amassado até o final da corrida, o que comprometia o desempenho do jogador.
Outra característica desta pista era a frenética troca de marchas de quem jogava com o câmbio manual. A última curva, por exemplo, antes da linha de chegada, podia ser feita de duas maneiras: reduzindo da quarta para a segunda, sem usar o freio, ou tocando rapidamente o freio, reduzindo da quarta para a terceira marcha.
Para a época, o visual era considerado muito bom, mas nada de extraordinário. Em qualquer uma das quatro opções de câmera disponíveis (duas externas superiores, sendo uma mais alta e outra mais baixa; uma do interior, que permitia ver o capô do carro – foto logo acima; e outra que ficava na parte dianteira do veículo, que valorizava a velocidade), era possível ver detalhes dos bólidos e da paisagem.
Versões
Além da versão de arcade, lançada em 1994, Daytona USA também chegou ao Sega Saturn, em 1995, e ao PC, em 1996. Em 1997, o Sarturn recebeu uma versão melhorada do game, chamada de Daytona USA: Championship Circuit Edition, que tinha mais pistas, carros e gráficos melhorados.
Daytona USA 2: Battle On the Edge chegou a ser lançado para árcade em 1998, seguido por Daytona USA 2: Power Edition, em 1999, também para o fliperama. No final de 2000, foi a vez do Sega Dreamcast receber Daytona USA 2001 – mas nenhuma destas versões fez o mesmo sucesso do Daytona USA original.
Fotos: www.ukresistance.co.uk (jogo), www.kombo.com (charge) e www.bigfun.com.au (gabinete)
Fonte: Jalopnik