Dupla escolha: o que vale mais? Chevrolet Meriva 1.4 ou 1.8?

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A família cresceu e o Corsa hatch o não dá mais conta do recado. Como fã de um Chevrolet, o Agile vem logo à cabeça; mas ele também não serve. A solução é um Meriva, que tem ótimo espaço interno. Então vem a dúvida: por cerca de R$ 47.000, o que vale mais, a versão Maxx 1.4 ou Expression 1.8?

Os dois vão tratar os ocupantes de forma muito parecida. Ambos oferecem 390 litros de capacidade no porta-malas, ar-condicionado, direção hidráulica, alarme, travas e vidros elétricos, limpador e desembaçador traseiro, luzes de cortesia no porta-malas e porta-luvas, protetor de cárter e ajuste de altura do banco do motorista – entre outros itens.

Por mais que tenha o motor menor, e que custe ligeiramente menos (R$ 47.552), a versão Maxx (foto acima) sai de fábrica mais equipada. Se comparada à Expression (abaixo), ela tem a mais regulagem elétrica dos faróis, retrovisores elétricos, rodas de alumínio de 15″ (pneu 185/60), CD player com MP3, Bluetooth e entrada para Ipod, banco dianteiro com porta-revista na parte traseira do encosto e bandeja tipo avião, e maçanetas, capas dos retrovisores e molduras laterais na cor do veículo.

A Expression, que tem preço sugerido de R$ 47.804, contra-ataca com o câmbio manual automatizado Easytronic, que dá “férias” ao pé esquerdo, e com o motor 1.8 Flexpower, mais potente. São 112 / 114 cv de força, contra 99 / 105 cv do 1.4 Econo.Flex. A diferença de potência não é tão grande, mas a vantagem do 1.8 está no torque mais alto: 17,7 mkgf (com qualquer combustível), contra 13,2 mkgf com gasolina e 13,4 mkgf com etanol do 1.4.

Na prática, o propulsor 1.4 dá conta do recado, mostrando até certo fôlego em ladeiras dentro da cidade. Mas ele não chega a empolgar. Na estrada, mesmo com álcool, é preciso ficar atento às ultrapassagens quando o veículo está carregado (família + bagagem) e com o ar-condicionado ligado.

Se o motor 1.4 foi aprovado no quesito desempenho (mesmo com uma nota 6,5 em 10), ele não foi bem no nível de ruído, que, em altas rotações, chega a atrapalhar a conversa dos ocupantes.

Já a motorização 1.8 trabalha com mais folga, mesmo com o câmbio automatizado, e com o Meriva Expression sendo 28 kg mais pesado (1.253 kg x 1.225 kg). Na estrada, seu comportamento é praticamente igual ao de um veículo com transmissão automática tradicional. Na mesma situação do 1.4 (carregado e com o ar ligado), ele têm fôlego suficiente para ultrapassagens.

Na cidade, o comportamento do câmbio incomoda um pouco. Na hora de trocar de marcha, o monovolume dá pequenos solavancos. A situação pode ser sentida mais facilmente quando uma marcha é reduzida. Mas é só uma questão de se acostumar com isso – o pé esquerdo será o primeiro a se apaixonar pelo Easytronic.

Embora também ruidoso, mas menos que o 1.4, o ponto fraco do motor 1.8 continua sendo sua média de consumo. Claro que a maneira como o motorista dirige terá muita influência neste quesito, mas bem que o propulsor Flexpower poderia beber menos, especialmente com etanol.

O único ponto ruim das duas versões do Meriva é a segurança. Ambas não oferecem airbag duplo e freios com sistema ABS nem como opcionais. Uma vergonha para a Chevrolet.

E a escolha?
Na hora de bater o martelo, pense. Se o motorista fizer questão de não pisar na embreagem, vale comprar a versão Expression 1.8. Caso contrário, por ser mais equipada e ligeiramente mais barata, o Meriva Maxx 1.4 oferecerá mais conforto aos ocupantes.

Texto que escrevi originalmente para o Jalopnik Brasil.

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