Fotos: Toyota/Divulgação |
De maneira geral, gostei das mudanças do Corolla. Acho que agora o carro vai começar a recuperar o mercado perdido e poderá concorrer de forma ainda mais competitiva com os adversários: Mégane, C4 Pallas, Sentra, Jetta, Fusion, 307 Sedan, Vectra e, principalmente, Civic.
Podemos considerar a 10ª geração do Corolla como um evolução, e não uma revolução, como aconteceu com o new Civic. A Toyota preferiu mexer menos no seu sedã; mas as alterações foram muito bem-feitas. A começar pela boa parte mecânica, que praticamente não foi alterada. Apesar do carro ter crescido um pouquinho no comprimento e um pouco na largura, a plataforma é “nova” (de acordo com a Toyota). Mas, como a distância entre-eixos é a mesma, nem parece que mudou – a não ser pelo assoalho do banco traseiro, que agora é liso. O veículo ganhou ainda acelerador eletrônico, direção eletro assistida e um novo tipo de catalisador, que faz o veículo poluir menos. O porta-malas subiu de 437 litros para 470 l – bom para um carro desse segmento.
Debaixo do capô, apenas uma nova calibração, para fazer o carro beber menos e andar mais com qualquer combustível. Na parte visual, podemos considerar que a reestilização deixou o Corolla com o mesmo ar tradicional, mas agora mais moderno e bonito. Entre os equipamentos, gostei dos comandos de rádio e do computador de bordo no volante, do ar-condicionado digital, do sistema de som que reproduz MP3 e WMA e do airbag duplo lateral.
No bolso
Agora chegou o ponto que eu realmente queria falar: o preço! Em relação ao antigo, o novo Corolla sofreu aumentos que variam entre 8% e 10%. Confesso que esperava menos, já que um dos grandes atrativos do sedã era o bom preço, aliado a um veículo confiável e de pouca desvalorização. O Corolla XLi manual subiu de cerca de R$ 56.600 para R$ 62.000. O XEi aumentou de aproximadamente R$ 62.300 para R$ 68.500 (R$ 70.400 com couro). E o topo de linha SE-G foi de R$ 79.600 para R$ 87.300. Mas você pode dizer: mas o carro ganhou vários equipamentos novos, entre outras coisas! Mesmo assim! Eu esperava uma variação de preço entre 4% a 7% a mais.
Só para efeito de comparação, o Honda Civic 1.8 Flex LXS manual custa R$65.460 (67.115 com couro); o LXS automático R$ 70.520 (72.160 com couro); e o topo EXS automático R$ 85.235 (com bancos em couro) – sem contar a versão Si 2.0 16V, que custa cerca de R$ 99.900. Já o Chevrolet Vectra tem preços sugeridos de R$ 56.974 para a versão Expression, R$ 63.878 para a Elegance, R$ 76.527 para Elite 2.0 e R$ 81.732 para a Elite 2.4 16V. O Renault Mégane custa entre R$ 56.940 na versão Expression 1.6 16V Hi-Flex e R$ 68.200 da 2.0 16V Dynamique automática. Já o Citroën C4 Pallas varia entre R$ 65.640 na versão GLX 2.0 16V manual e R$ 77.760 no acabamento Exclusive 2.0 16V automático.
Um pouco mais barato, o Corolla conseguiria brigar com uma fatia mais ampla do mercado, além de ser um árduo adversário para as versões de entrada de seus concorrentes diretos. De qualquer forma, mesmo mais caro, acho que ele vai voltar a ter ótimas vendas. Resta saber se vão superar as do Civic. A revanche está preparada…