Impressões: Kardian manual acelera melhor do que o “automático”

Foto do Renault Kardian Evolution manual
Renault Kardian manual é vendido apenas na versão de entrada, Evolution

Embora a preferência por câmbios automáticos tenha subido em alto grau (70% das vendas totais em 2024, incluídos os comerciais leves), ainda há – e haverá por bom tempo – um mercado para modelos compactos com câmbio manual.

Manuais resistem

Além de serem mais baratos, existe hoje quem valoriza a sensação de esportividade e de maior controle sobre o carro. Os automáticos gastavam muito combustível, mas isso diminuiu bastante com ajuda da eletrônica.

No Brasil, a guinada de escolha dos compradores foi rápida: em modelos médios e grandes a preferência é de quase 100%.

Neste contexto está o SUV compacto Kardian com câmbio manual de seis marchas, na versão Evolution (R$ 106.990), cerca de 10% ou R$ 11.000 a menos que o automático.

Como já avaliei o mesmo modelo automático (também de seis marchas), lançado em março do ano passado, o foco está agora no manual disponível desde outubro último.

Câmbio e aceleração

Engates precisos e macios agradam bastante e a ré sincronizada facilita seu engate. O sistema liga-desliga o motor em paradas exige acionar o pedal da embreagem para religá-lo. Porém, acelera de 0 a 100 km/h em 9,9 s, cerca de 1 s melhor que o automático e isso sempre atrai.

Foto do painel do Renault Kardian Evolution manual
Painel do Renault Kardian Evolution manual

Consumo

Economia de combustível em uso urbano foi quase inexistente comparada à da versão automática, anteriormente testada, também com gasolina no tanque.

Segundo números de homologação do Inmetro, o consumo em ciclo urbano padronizado com câmbio manual é até maior do que com o automático: 12,3 km/l contra 13,1 km/l. Diferença de 6% a favor deste sobre aquele, segundo o instituto aferidor. No ciclo rodoviário, a vantagem do manual não chega a 1%.

Consumo sempre traz variações em razão não apenas do conhecimento do motorista ao manusear a alavanca de câmbio. No trânsito pesado o cansaço aumenta e a tendência é retardar a troca de marchas. No automático a mudança independe da ação de quem está ao volante. Em vários destes modelos há ainda um modo selecionável de economia.

Assim, melhor esquecer o que já foi o automático no passado, salvo continuar, obviamente, mais caro que o manual.

Coluna Fernando Calmon (antes Alta Roda) aborda temas de variado interesse na área automobilística: comportamento, mercado, avaliações de veículos, segredos, técnica, segurança, legislação, tecnologia e economia. A coluna semanal é reproduzida em mais de 80 sites, portais, jornais e revistas brasileiros. Começou em 1º de maio de 1999.

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