Otimismo em 2022 predomina nas primeiras projeções do mercado brasileiro automotivo
Está difícil fazer previsões para o próximo ano sobre mercado interno e produção total da indústria (inclui exportações). Isso ficou claro durante o Congresso Autodata Perspectivas 2022 que, tradicionalmente em outubro, procura lançar uma visão sobre o ano seguinte.
Os vários executivos dos fabricantes de veículos, seus fornecedores e concessionárias foram unânimes em apontar as incertezas em razão dos problemas de fornecimento de componentes, taxas de juros, inflação, preços do petróleo e agitação de um ano eleitoral nos três níveis de governo.
Anfavea
Na realidade, até estimar o que vai acontecer neste último trimestre fica difícil. A Anfavea prevê o mercado brasileiro automotivo (interno) total (veículos leves e pesados) em 2021 em um intervalo de menos 1% a mais 3% sobre 2020: 2.038 milhões a 2.118 milhões de unidades. Luiz Carlos Moraes, presidente da entidade, tem olhar otimista com moderação. Sua primeira previsão aponta para 2022 um volume de 2,28 a 2,6 milhões de unidades vendidas. E só em 2025 se alcançaria o patamar de 3 milhões de veículos.
A escassez no fornecimento de semicondutores é um dilema de toda a indústria mundial de veículos. Investimentos neste setor são bastante elevados e demoram a maturar. “Custo de perder clientes pode ser maior do que investir em chips”, comentou Moraes.
Sindopeças
Dan Ioschpe, presidente do Sindipeças, mostrou cautela. “No próximo ano juros altos afetarão o consumidor. Mas só teremos como analisar melhor o cenário quando a produção puder atender toda a demanda”, indicou. O setor espera aumento de 10% no faturamento.
Volkswagen
Pablo Di Si, presidente da Volkswagen América Latina e Caribe, acredita que a procura continuará forte nos próximos meses. As pessoas não puderam viajar e estão querendo trocar de carro. Porém, inflação e juros podem atrapalhar. Equilíbrio entre oferta e procura deve se alcançar em meados de 2022. Em sua visão, crescimento de 5% a 10% parece garantido.
Ricardo
Entre os otimistas está o presidente da Renault, Ricardo Gondo. Ele prevê o mercado crescer de 15% a 20%. As locadoras, que não puderam ser atendidas este ano, precisarão renovar suas frotas. A produção deve melhorar só no segundo semestre, se a tendência de maior suprimento de semicondutores se consolidar. Na próxima semana, o presidente mundial da Renault, Luca de Meo, virá ao Brasil. Novo plano de investimentos deve ser anunciado.
General Motors
Santiago Chamorro, presidente da General Motors América do Sul, somando os pontos positivos e negativos, acredita que, se superados os problemas de componentes, a produção em 2022 dará um bom salto. Contando com exportações aquecidas, o País poderá fabricar entre 2,6 e 2,8 milhões de veículos leves e pesados.
Toyota
O presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang, também se alinha entre os que acreditam que 2,6 milhões de veículos serão comercializados no próximo ano. Taxa de câmbio elevada levará a marca japonesa a incrementar a localização de peças e exportar, o que está no âmago da empresa. Sua fábrica de Sorocaba começará a trabalhar em três turnos.
BMW e Volvo
Segmentos de modelos importados e de preços mais altos, representados por BMW e Volvo no Congresso, estimam crescer até 20%. A BMW, além de 20 lançamentos, deve fabricar outro modelo no Brasil. Anúncio será feito em novembro.
ALTA RODA
ARQUITETURA modular MLA da Fiat, que estreou no novo SUV Pulse, será a base do novo modelo para o segmento C, em 2022. As dimensões serão outras com mudanças que incluem largura, entre-eixos, balanços dianteiro e traseiro, comprimento, altura, reposicionamento dos bancos dianteiro e traseiro, além do porta-malas. Ainda haverá um terceiro produto, de sete lugares, para completar a gama.
PICAPE média Chevrolet S10 aumentou para cinco as opções na gama. A nova Z71 está, no meio do portfólio, por R$ 260.490. Tem pegada mais “aventureira”, decoração bem elaborada e um acessório muito útil: defletor entre estribo e soleira das portas para evitar acúmulo de barro. Arco de segurança (santatônio) também é novo. Pneus aro 18 com reforços laterais e mais borracha, da Michelin, são de série.
SEDÃ-CUPÊ elétrico Porsche Taycan Turbo S permite acelerações de tirar o fôlego, em especial com controle de largada. Potência de até 761 cv (momentânea) permite acelerar de 0 a 100 km/h, em 2,8 s e de 80 a 120 km/h, em incrível 1,7 s.
Perfil e traseira são seus melhores ângulos. Banco do motorista inclui 18 vias de ajuste. Amplo espaço para as pernas (2,90 m entre eixos). Bem baixo (1,38 m), acesso ao interior não é tão fácil. Manter altas médias em estrada exige planejamento, com queda rápida no alcance.
PIRELLI lançou, simultaneamente, três famílias de pneus. Cinturato P7 tem características melhoradas em piso molhado, frenagem e resistência ao rolamento (4% menos de consumo de combustível). Scorpion indicado para SUVs em asfalto e Scorpion HT para SUVS e picapes on e off-road. Introduziu ainda o Seal Inside, proteção contra perfurações por objetos de até 4 mm de diâmetro. Agora fabricado no Brasil, acrescenta 10% a 15% ao preço do pneu.
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