[Esse post ficou como rascunho e não foi publicado na data certa. Agora eu o atualizei e estou colocando no ar.]
Totalmente apagado no segmento, o Peugeot 408 chega à linha 2016 com novidades, tentando se recuperar entre os sedãs médios. O modelo recebeu mudanças visuais e está disponível nas versões Allure 2.0, que custa a partir de R$ 77.590, e Griffe, partindo de R$ 88.590 com motor 1.6 THP, que agora é flex.
A dianteira, que perdeu o “nariz do Leão”, conta com uma nova grade, maior na parte superior. O capô, com vincos mais marcados, ficou maior e vem até faróis, que são novos e mais bonitos, com máscaras cromadas em seu interior. O para-choque também foi remodelado, com uma nova entrada de ar, acompanhada de faróis de neblina redesenhados. Mas o maior destaque dessa parte são as luzes diurnas em LED. Na traseira, as mudanças foram bem mais discretas, com alterações internas no nas lanternas e mudanças mínimas no para-choque.
No geral, a nova identidade visual da marca francesa fez bem ao sedã, que ficou com seu conjunto mais atraente, tirando um pouco do “peso” da versão anterior. A dianteira ficou mais “acesa” (a outra era meio apagada), enquanto a traseira ficou mais sofisticada.
Motor turbo flex
Outra novidade da linha 2016 é o motor 1.6 THP turbo, que agora é bicombustível e desenvolve 166 cv de potência com gasolina e 173 cv com etanol, ambas a 6.000 rpm. O torque máximo com qualquer combustível é de 24,5 kgfm entre 1.400 rpm e 4.000 rpm. O 408 THP é vendido apenas na versão Griffe com câmbio automático de seis marchas (EAT6), que conta com a função “Eco” que, em teoria, ajuda a reduzir o consumo.
O propulsor 2.0 16V flex não recebeu nenhuma alteração e desenvolve os mesmos 143 cv e 20 mkgf com o combustível fóssil e 151 cv e 22 kgfm com o derivado da cana-de-açúcar. Assim como na Griffe, o câmbio é o mesmo automático de seis velocidades é a única opção da versão Allure. Ou seja, a única chance de quem quer comprar um 408 manual é procurar no mercado de usados.
Preços e equipamentos
Por salgados R$ 77.590, o Peugeot 408 Allurre 2016 vem com uma boa lista de equipamentos de série, com destaque para seis airbags (dois frontais, dois laterais e dois do tipo cortina, com oito pontos de proteção); alarme volumétrico; sistema ISOFIX para retenção de cadeiras infantis; freio a disco nas quatro rodas com ABS, AFU e REF; sensor de estacionamento traseiro; faróis de neblina dianteiros; luzes diurnas (DRL) em LED; lanternas indicadoras de direção nos retrovisores; portas traseiras com sistema de trava de segurança; travamento automático das portas e porta-malas em velocidade; direção eletro-hidráulica assistida; ar-condicionado Bi-Zone; limpador de para-brisa automático com sensor de chuva e indexado à velocidade; acendimento automático dos faróis; regulador e limitador de velocidade; banco do motorista com regulagem de altura manual; banco esportivo revestido em couro e tecido; apoio de braço no banco do motorista; travamento das portas, porta malas e fechamento dos vidros pelo telecomando da chave; regulagem do volante em altura e profundidade; vidros elétricos com função “um toque” e antiesmagamento nas quatro portas; retrovisores com ajuste elétrico; central multimídia com tela sensível ao toque de sete polegadas com Mirror Link e My Link Peugeot; tela multifunções com computador de bordo; chaves com abertura à distância das portas e tampa do porta-malas; roda de liga-leve de 17″ (inadequadas para as nossas ruas); retrovisores e maçanetas de portas na cor da carroceria; painel de instrumentos soft (“slush”), volante revestido em couro, entre outros.
Pagando caros R$ 88.590, além do motor 1.6 turbo, o 408 Griffe 2016 vem com os itens acima além de controle de estabilidade (ESP), sensor de estacionamento dianteiro; câmera de ré; teto solar, bancos em couro perfurado e rodas de 17″ diamantadas.
Mercado
Em 2015, foram emplacadas 1.435 unidades do Peugeot 408 (média de 120 carros por mês), número quase vexatório para um veículo com tantas qualidades. Mas ele representa muito bem o momento que a Peugeot (e a Citroën) enfrenta no Brasil, como falei antes. Com isso, o 408 amargou a 12ª posição no segmento de sedãs médios no Brasil, com uma pífia participação de 0,77% no mercado de sedãs nesse ano.
Modelo | Unidades emplacadas – 2015 | Participação |
1. Toyota Corolla | 67.339 | 36,09% |
2. Honda Civic | 31.241 | 16,74% |
3. Nissan Sentra | 12.529 | 6,71% |
4. Chevrolet Cruze | 11.539 | 6,18% |
5. Ford Focus Sedan | 9.311 | 4,99% |
6. Volkswagen Jetta | 8.693 | 4,66% |
7. Renault Fluence | 7.759 | 4,16% |
8. Citroën C4 Lounge | 6.032 | 3,23% |
9. Mitsubishi Lancer | 3.440 | 1,84% |
10. Hyundai Elantra | 2.673 | 1,43% |
11. Kia Cerato | 1.878 | 1,01% |
12. Peugeot 408 | 1.435 | 0,77% |
Fonte: Fenabrave
OBS: Se o Fiat Linea entrasse na tabela acima, ele estaria em 9º lugar, empurrando Lancer, Elantra, Cerato e 408 para baixo.
Em janeiro de 2016, foram emplacadas apenas 62 unidades do 408, o que representa 0,62% do segmento. Quase metade da média mensal de 2015.
Resumo da obra
Na linha 2016, o Peugeot 408 ficou mais bonito e bem equipado, adotando de vez o câmbio automático de seis marchas como padrão. Ter equipado a versão Griffe com motor THP flex também foi bem-vindo. Mas a marca peca por não oferecer uma versão turbo mais barata e, especialmente, por não ter uma política de preços (bem) mais agressiva para o seu sedã médio. Além disso, assim como a irmã Citroën, a Peugeot ainda tem graves falhas de pós-venda, o que prejudica muito a imagem do grupo PSA no Brasil.
O Peugeot 408 é um bom carro, mas, do jeito que as coisas estão, mesmo com as alterações da linha 2016, está fadado a ser um (grande) coadjuvante no segmento no nosso mercado.
Espero conseguir testá-lo com mais calma em 2016. Quem sabe a Peugeot não me empresa uma unidade por alguns dias?
Não vou ficar repetindo o bla-bla-bla de sempre quanto a assistência técnica das concessionárias da Peugeot…
Vou direto ao ponto: o treinamento dos vendedores das concessionárias! Falta profissionalismo e seriedade. Um exemplo prático do que aconteceu comigo.
Cheguei à loja interessado num 408 THP. Já conhecia as especificações do carro. Afinal, a internet proporciona isso. Há uma vasta fonte de informações sobre o carro. Vendedores em geral acham que precisam fazer uma demonstração geral do carro. Aqui reside um grande perigo. Para se demonstrar algo, é preciso conhecê-lo profundamente. Primeiro ponto negativo, o vendedor informou que o torque do 408 é de 27,5kg… Depois, escorregou no preço. Me pediu R$95.000,00… Nem me dei ao trabalho de pedir desconto ou de objetar quanto ao torque… Me levantei e fui embora!
Enfim, uma marca que não tem vendas volumosas, uma concessionária que está sofrendo com baixas vendas, não pode perder um negócio por “malandragem” do vendedor! Pra que fazer cursos de técnicas de vendas, saber identificar o perfil do comprador, se falta um mínimo de preparo ao profissional? Fui até a loja disposto a pagar R$80.000 a vista pelo carro, se por ventura encontrasse um 15/16.
Meu irmão tem um 408 THP. É um dos melhores carros q ele já teve, mas está pensando em vender pq a concessionária é muito ruim na hora das revisões: cara e mal informada, sem contar as várias cagadas q já fizeram, como esquecer de trocar filtro de ar, cobrar por alinhamento, balanceamento e rodízio e não fazer o serviço…
Esquecer??? vai nessa…. comigo esqueceram de trocar o fluido de freio e o filtro do ar condicionado, pena que o filtro só vi depois aí já não dava pra voltar reclamar, tenho um amigo que trabalhou pra PSA (concessionárias) e disse que isso é imposto pelo dono da CSS “cobra e não troca”, enquanto for assim eu mesmo faço minhas revisões, e na garantia marco as peças e tiro foto…abç
peugeot so vale apena comprar o 208 e o 2008 o resto ou e desatualizado “308 e 408” ou entao muito caro “308cc e 308 rcz ,e ambos sairam de linha em 2015”
Bons produtos, ótima relação custo/benefício. Pena que o problema ainda continua com as concessionárias.
Problemas estes de atendimento que não são exclusivos apenas da Peugeot, mas que se estendem a outras marcas. Pois, inúmeras vezes entrei numa loja e me assustei ao descobrir que eu conhecia muito mais do produto e de seus concorrentes do que aqueles que estavam do outro lado da mesa e que, teoricamente, deveriam demonstrar maior entendimento. Infelizmente esta é uma realidade de muitas, senão de todas as concessionárias e seus vendedores.
Fui na semana passada na CCS da Antônio de Barros, a vendedora totalmente perdida qto as informações do carro, e o pior, eu precisava do número do denatran do 408 thp para poder confirmar junto ao dtp se o carro estava homologado para táxi em SP. A vendedora informou que eles não tem como ter essa informação. Era só consultar a NF de algum carro já faturado. É muito despreparo!!!!!!