Como o jornalista responsável pelo Portal Vrum, publiquei, na última sexta-feira (15/05), duas matérias muito sérias e, infelizmente, comuns (no sentido de frequentes). Ambas abordam problemas ocorridos com carros novos ou peças que tiveram algum problema de fabricação.
Vicente Ribeiro/Arquivo Pessoal |
A primeira matéria, da repórter Paula Carolina , fala da “eterna queda de braço” entre o consumidor e o fabricante/fornecedor. Esse caso eu conheço com um pouco mais de detalhes. A personagem da matéria decidiu comprar um Fiat Palio Adventure Locker, por considerar que este veículo seria o mais adequado para ela. Mas, depois de rodar apenas 700 km, o pneu apresentou um desgaste muito estranho, parecendo que ele estava “derretendo” (comum quando a borracha fica velha). Bem, mesmo não devendo, isso acontece; até por isso existe a garantia de fábrica.
Agora, o funcionário da concessionária teve a cara de pau de dizer que a proprietária do carro estava “fazendo curvas em alta velocidade”! O carro tem apenas 700 km rodados!!! Com essa quilometragem, mesmo nas “excelentes” ruas brasileiras, é praticamente impossível que o pneu tenha um desgaste desses! O funcionário não só desrespeitou a dona do carro, como também subestimou a sua inteligência!
Depois disso veio o “técnico” da Pirelli dizer que o pneu Scorpion ATR do Palio Adventure Locker “não é para andar no asfalto”. Isso só pode ser brincadeira… Esse cara deve ser técnico de futebol de várzea, porque ele não parece entender nada de pneus. Eu também não entendo muito, mas me espanta o fato da Pirelli ter alguém que diga essas coisas “por ela”. A declaração dele vai contra o que a própria marca diz: “Scorpion ATR é um produto desenvolvido para pick-ups, utilitários esportivos e automóveis com estilo off-road. É o pneu perfeito para quem enfrenta o dia-a-dia na cidade e gosta de curtir um fim de semana off-road no campo”.
Andre Luiz Rocha/Divulgação |
Enquanto isso, no vidro da frente…
O outro caso também é grave. Veja o que diz o bigode da matéria do repórter Daniel Camargos : “Trinca no para-brisa do Voyage e Gol é problema recorrente, mas Volkswagen não explica o motivo, apesar de reconhecer o problema e trocar o vidro em garantia, sem custo”. Penso que, aparentemente, hatch e sedã têm um problema estrutural, que, como consequência, acaba trincando o para-brisa.
Entrei em alguns fóruns e comunidades do Orkut e vi que o problema é mais comum do que parece. E ele não deve acontecer. Imagine a cena: você chega em casa a noite, estaciona o seu carro na garagem, tranquilo, e vai dormir. De manhã, quando vai sair para o trabalho, percebe um senhor trincado no para-brisa. Mas que situação desagradável.
Lendo a reportagem fico pensando na profunda felicidade do motorista que foi obrigado a trocar o vidro do Voyage duas vezes! Será que vem mais um recall envolvendo o novo Gol e o Voyage por aí?