
Ao longo de 2025, as previsões de um ano razoavelmente forte na comercialização de veículos leves e pesados foram se esvaziando, tanto nas avaliações da Anfavea quanto da Fenabrave.
Sem surpresas
Não chegou a apontar uma surpresa, pois a economia aquecida sem a devida cautela levou à subida da inflação e dos juros. Estes continuam em patamares altos e só devem começar a recuar no primeiro trimestre de 2026.
Veículos leves e pesados: alta tímida
Fato que novembro teve quatro dias úteis a menos que outubro. Contudo, nos 11 primeiros meses deste ano o acumulado nas vendas de automóveis, comerciais leves e pesados atingiu 2,410 milhões de unidades. Alta de apenas de 1,4%. Veículos leves, especificamente, cresceram só um pouco mais, 1,8%.
Importados
Quantos aos importados, o resultado foi um pouco melhor no acumulado do ano: 7,6%. Se comparado com outubro as vendas de veículos do exterior se retraíram 10%.
2025
As previsões do começo de 2025 não se confirmaram. Agora em dezembro o ritmo pode se recuperar, mas sem salvar o ano. A Fenabrave se aproximou com maior precisão em termos de previsões por conseguir respostas imediatas das concessionárias afiliadas. Anfavea admitiu que o programa Carro Sustentável ajudou muito. De fato, houve um aumento de 14,5% dos modelos elegíveis.
Crise de chips
Para Igor Calvet, presidente da Anfavea, a crise de fornecimento de chips já amainou e o Marco de Garantias que, um dia, pode levar a taxas de financiamentos menores, quase não avançou.
Elétricos em queda
Pelo segundo mês consecutivo os veículos elétricos mostraram curva de vendas descendente. Há impressão de que já está perto do arrefecer o movimento natural dos early adopters, expressão em inglês para identificar consumidores abertos a adotar ou experimentar novas tecnologias ou produtos. A escalada deverá continuar, contudo o ritmo é difícil de prever.
Híbridos subindo
Mesmo fenômeno acontece no exterior. Na China, por exemplo, maior mercado do mundo para eletrificados, os híbridos plugáveis e elétricos de alcance estendido (alguns os identificam como híbridos em série, termo inadequado) têm avançado na preferência dos consumidores locais.
Combustíveis
No mercado brasileiro, a repartição entre as diferentes possibilidades, no acumulado dos primeiros 11 meses do ano, é a seguinte:
- flex: 74,6%
- diesel: 10%
- gasolina: 4,6%
- híbrido: 4,2%
- híbrido plugável: 3,6%
- elétrico: 3%
Coluna Fernando Calmon (antes Alta Roda) aborda temas de variado interesse na área automobilística: comportamento, mercado, avaliações de veículos, segredos, técnica, segurança, legislação, tecnologia e economia. A coluna semanal é reproduzida em mais de 80 sites, portais, jornais e revistas brasileiros. Começou em 1º de maio de 1999.
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