Baterias do Nissan LEAF iniciam segunda vida no maior aeroporto da Itália

Nissan Leaf 2023
Nissan Leaf 2023

Muita gente se pergunta o que acontece com as baterias dos carros elétricos depois que elas ficam velhas. Bem, as baterias do Nissan Leaf tiveram um destino interessante. Elas estão fornecendo energia limpa em grande escala para um Sistema de Armazenamento de Energia de Bateria (BESS) para o Aeroporto Fiumicino, da empresa Aeroporti di Roma (ADR), o maior centro de transporte internacional da Itália.

Nissan ajudando a Europa?

Sim, por mais que a Nissan seja japonesa, a “Pioneer” acontece na capital italiana porque a iniciativa é cofinanciada pelos Fundos de Inovação da União Europeia. A ação faz parte do objetivo de se atingir zero emissões líquidas até 2030 e demonstra o potencial da tecnologia de veículos elétricos em “fim de vida” para fornecer energia limpa e flexível além de seu uso em veículos.

Foto da estrutura modular do sistema de armazenamento de energia do projeto Pioneer, com contêineres coloridos instalados no Aeroporto de Fiumicino, em Roma
Estrutura modular do sistema de armazenamento de energia do projeto Pioneer, com contêineres coloridos instalados no Aeroporto de Fiumicino, em Roma

Muita eletricidade

No total, o BESS possui capacidade para 10 MWh de eletricidade. A Nissan forneceu 84 baterias de segunda vida do Nissan LEAF – totalizando 2,1 MWh de armazenamento de energia – para a integradora de sistemas Loccioni, responsável por integrá-las ao Sistema de Armazenamento de Energia da Enel (sim, aquela que atrasa a vida dos paulistanos).

Sol é o segredo

A “Pioneer” está acoplado a um parque solar de 55.000 painéis solares que fornecerá 31 GWh de energia renovável, confiável e limpa por ano aos terminais do aeroporto, bem como alguns serviços locais.

De Belo Horizonte à Ouro Preto com o Nissan Leaf

Baterias do Nissan Leaf vieram de onde?

Foram reutilizadas as gerações 3 (30 kWh) e 4 (40 kWh) das baterias do Nissan Leaf, provenientes de veículos com alta quilometragem e devoluções em garantia. Elas foram requalificadas para atender aos rigorosos padrões de segurança e desempenho.

Durabilidade

A marca prevê que as baterias de segunda vida permanecerão operacionais por mais de 6 a 7 anos no aeroporto, mesmo com o uso diário.

“Este projeto não apenas demonstra a viabilidade a longo prazo de baterias de veículos elétricos reaproveitadas em ambientes exigentes, mas também ressalta o compromisso da Nissan com o gerenciamento sustentável de baterias no fim de sua vida útil, diz. Nossa equipe está envolvida na integração técnica de baterias de segunda vida no ESS, na simulação da vida útil das baterias e no fornecimento de garantias para seu desempenho no novo sistema. Igualmente importante é que, quando as baterias atingirem o fim de sua vida útil neste projeto, assumimos total responsabilidade por sua reciclagem”, disse Soufiane El Khomri, diretor de energia da Nissan para a região da África, Oriente Médio, Índia, Europa e Oceania (AMIEO).

Foto do projeto Pioneer que a Nissan participa no Aeroporto de Fiumicino, em Roma, para alcançar zero emissões líquidas com tecnologias de energia limpa
Nissan participa do Projeto Pioneer no Aeroporto de Fiumicino. Objetivo é alcançar zero emissões líquidas com tecnologias de energia limpa

Parceria

A Nissan tem um histórico de colaborações bem-sucedidas com a Loccioni e a Enel. Segundo a marca, projetos semelhantes de armazenamento de energia, como o ESS de Melilla, na Espanha, e o sistema ESS do Nomadic Lab, comprovaram a eficácia e a confiabilidade da tecnologia de baterias de segunda vida da Nissan no fornecimento de soluções de energia estáveis ​​e renováveis.

“Estamos transformando resíduos potenciais em ativos energéticos valiosos. Nossa estratégia de reutilização não só apoia projetos industriais de grande porte, como o Aeroporto Fiumicino de Roma, mas também demonstra potencial para uso residencial, como reserva durante cortes de energia. À medida que continuamos a expandir a reutilização e a reciclagem de baterias, estamos avançando em nossa missão mais extensa rumo a um futuro mais limpo e com maior eficiência energética”, afirmou El Khomri.

Foto do sistema solar integrado ao projeto Pioneer do Aeroporto Fiumicino
Sistema solar integrado ao projeto Pioneer no aeroporto em Roma

Integração

“Somos integradores de pessoas, ideias e tecnologias. Com a Pioneer, construímos uma ponte entre dois mundos rumo à descarbonização: energia e mobilidade. No centro está sempre a qualidade, das pessoas, dos projetos, das inovações, o que é outra forma de dizer sustentabilidade”, completou Enrico Loccioni, presidente e fundador da Loccioni.

Legal e futuro

Realmente é um projeto muito legal! Afinal, reutilizar baterias velhas num sistema carregado por energia solar é poupar o planeta! Próximo passo será reciclar o que for possível e dar um descarte sustentável para essas baterias.

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