Mercado automotivo nacional tem muitos imbróglios em 2025

Seguro: carros batidos no Brasil
Mercado automotivo nacional tem muitos imbróglios em 2025: SPVAT, DPVAT e extintores

Mercado automotivo nacional tem muitos imbróglios em 2025. Quando questões técnicas se juntam à política entre Governo Federal e o Congresso Nacional, tudo desanda mesmo.

SPVAT e DPVAT

A começar pelo Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidente de Trânsito (SPVAT). Sem dúvida é necessário e nos países civilizados são regulamentados e por conta da consciência de quem dirige. O antigo DPVAT era coordenado por um pool de seguradoras e o que tinha de errado, principalmente, era cobrar de quem já fazia o seguro em favor de terceiros, ter de pagar de novo um valor pequeno. DPVAT era uma grande soma quando considerada a frota rodante.

Complexo

Este é o principal ponto a se resolver. Cada proprietário deveria, obrigatoriamente, contratar um seguro específico e comprovar junto aos Detrans ou, quando solicitado por agente de trânsito, mostrar a apólice adquirida com indenizações até maiores. Todavia, simplificação passa longe da cabeça dos políticos. Outro imbróglio: Caixa Econômica Federal administrar o seguro obrigatório, pois é instituição bancária. Do jeito que está, não pode ficar.

Lobby dos extintores

Outra polêmica, esta inacreditável, é tentar trazer de volta a obrigatoriedade de extintores de incêndio para veículos leves. Para piorar, lobistas de carros elétricos difundem estatísticas maliciosas sobre risco de fogo. Há 1,4 bilhão de veículos com motor a combustão em circulação no mundo. Frota de elétricos não passa de 5% disso, quase todos praticamente novos, sem histórico do que pode ocorrer depois de 20 anos de uso ou acidentes. Tipo de discussão inócua insuflada por fabricantes de extintores.

Híbridos flex nacionais

Por fim, qual o problema de o governo de São Paulo reduzir provisoriamente o IPVA para veículos híbridos flex fabricados no Estado por apenas dois anos? Nenhum. Afinal, gera empregos, estimula os híbridos e a alíquota anterior voltará paulatinamente de 2027 a 2030. Elétricos são todos importados com alíquotas “camaradas”. Tão cedo não vão gerar muitos empregos no País, até que se crie uma rede capilar de recarga e de produção local de baterias.

Coluna Fernando Calmon (antes Alta Roda) aborda temas de variado interesse na área automobilística: comportamento, mercado, avaliações de veículos, segredos, técnica, segurança, legislação, tecnologia e economia. A coluna semanal é reproduzida em mais de 80 sites, portais, jornais e revistas brasileiros. Começou em 1º de maio de 1999.

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