A Renault preparou um kit especial chamado “R.S. Finale”, com apenas 100 unidades, para aposentar um dos carros mais ‘divertidamente acessíveis’ fabricados no Brasil: o Sandero R.S. 2.0.
Kit de despedida
Os últimos clientes do hatch esportivo receberão um pôster exclusivo no estilo blueprint e itens da griffe R.S.: boné, chaveiro, squeeze e carteira – uma miniatura seria bem-vinda.
Além disso, o kit trará uma plaqueta de metal numerada para ser afixada abaixo do freio de mão, identificando que aquele R.S. é um dos últimos produzidos. O nome Finale já foi adotado pela Renault em uma edição final do Megane R.S. 275.
“O Sandero R.S. 2.0 é um carro emblemático para a Renault do Brasil e possui uma legião de fãs apaixonados pelo modelo. Por isso, preparamos uma despedida especial para encerrar o ciclo de produção do esportivo”, conta Bruno Hohmann, vice-presidente comercial da Renault do Brasil.
Por que o R.S. é especial?
Desenvolvido pela Renault Sport, em conjunto com as equipes de design e engenharia da América Latina, o Sandero R.S. 2.0 é especial pela diversão.
Isso porque ele conta com o motor 2.0 16V aspirado, que entrega 145 cv de potência e 20,2 mkgf de torque com gasolina e 150 cv e 20,9 kgfm com etanol, associado a um câmbio manual de 6 velocidades.
Segundo a marca francesa, o modelo precisa de 8 segundos para ser acelerado de 0 a 100 km/h e atinge 202 km/h de velocidade máxima.
Experiência única
Meu único contato com o Sandero R.S. 2.0 mostrou um carro muito legal de dirigir, realmente divertido, especialmente com o giro alto, e que foi preparado com mais cuidado que o habitual pela Renault. Sua direção mais direta e pesada e o acerto da suspensão realmente me agradaram.
O interior teve uma evolução considerável em relação aos Sanderos do passado, embora tenha espaço para evoluir, como na ergonomia.
Uma pena que a marca francesa jamais tenha me emprestado uma unidade, muito menos respondido meus e-mails e retornado as ligações quando solicitei um exemplar para teste. Não custa lembrar que o mundo dá muitas voltas.
“Divertidamente acessível”
De toda forma, você leva um hatch potente, que pesa apenas 1.181 kg, por menos de R$ 100.000 – o preço sugerido é de R$ 99.290.
Barato ele não é (como todos os carros no Brasil), mas, pelo seu valor, você realmente compra um modelo divertido e por um montante relativamente acessível.
E ele vem ainda com:
- trio elétrico (retrovisores, travas e vidros)
- sensor de estacionamento e câmera de ré
- bancos dianteiros esportivos
- banco traseiro com encosto e assento rebatível 1/3 e 2/3
- luzes diurnas em LED
- rodas de aro 17″
- volante revestido em “couro” sintético e com ajuste (apenas) de altura
- quatro airbags (frontais e laterais – faltam os do tipo cortina)
- cintos de segurança de três pontos e apoio de cabeça para todos
- assistente de partida em rampa
- controles de estabilidade e tração
- freio a disco na quatro rodas, com ABS e EBD
- MEDIA Evolution com Android Auto e Apple CarPlay e tela TouchScreen de (apenas) 7″ + comando de satélite no volante
- controle de velocidade de cruzeiro (“piloto automático”)
- ar-condicionado digital
- direção (ainda) eletro-hidráulica
- computador de bordo
- chave tipo canivete
- entre outros
Histórico
O Sandero R.S. 2.0 foi lançado no mercado em 2015 e logo se tornou um esportivo desejado pelos fãs da Renault. Ao longo de sua trajetória no Brasil, teve mais de 4.600 unidades produzidas bem como teve séries limitadas, como a Racing Spirit, lançada em 2017.
A paixão pelo modelo também foi expressa pelos seus proprietários em diversos track days promovidos pela Renault ao longo de sua trajetória. Em 2018, no R.S Track Day, ocorrido no Autódromo de Interlagos, 192 unidades do Sandero R.S. 2.0 foram reunidas, tornando-se o maior encontro de modelos da Renault Sport já feito no mundo.
“A história do Sandero R.S. 2.0 chega ao fim, mas a esportividade e a paixão pelas pistas seguem no DNA da marca Renault em ações, como, por exemplo, o fornecimento dos motores E-Tech para a equipe Alpine F1 Team, também pertencente ao Renault Group”, complementa Hohmann.
Os kits “R.S. Finale” serão entregues pela Renault para as 100 últimas unidades produzidas, diretamente para o cliente, após a aquisição do veículo.
Adeus
A Renault tira o Sandero R.S. 2.0 de linha para focar na sua nova estratégia, de produzir e vender veículos mais rentáveis. Certa ou não, essa será a trajetória da marca a partir de agora.
Confesso que pensei seriamente em comprar uma unidade dessa série de despedida, pois o Sandero me atendem bem em espaço interno. Mas desisti porque pensei “se a Renault não me responde direito um e-mail, imagine o que posso esperar do seu pós-venda” – fiquei com medo de viver novamente um “episódio Ford”.
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