Passando pelo seu melhor momento no Brasil desde o seu lançamento, com vendas excelentes para a situação de mercado atual, mesmo depois de quatro aumentos de preços, o Fiat Toro ganha novo motor 2.4 Tigershark e uma versão quase perfeita.
Ótimos números
De fevereiro a outubro, foram emplacadas 31.922 unidades da picape Toro, de acordo com a Fenabrave, a colocando no segundo lugar entre os comerciais leves, perdendo apenas para a Strada, com 49.487 unidades.
Aproveitando esse excelente embalo, a Fiat acrescenta mais uma opção de motor para o modelo, que chega para corrigir e quase preencher o buraco entre os propulsores 1.8 16V E.TorQ flex e 2.0 16V Multijet a diesel. Enquanto o primeiro deixa bastante a desejar em desempenho e consumo, o segundo custa caro demais (sofre com o imposto mais alto por ser a diesel e pela boa margem de lucro da montadora).
Por isso a chegada da Toro 2.4 16V Tigershark Multiair é muito bem-vinda e quase perfeita. Sem tanquinho auxiliar de partida a frio e associado ao bom câmbio automático de nove velocidades, a novidade recebe ainda o ótimo sistema Start & Stop para (tentar) melhorar os índices de consumo de combustível.
Esse motor traz também o modo Sport, acionado por um botão no painel, que muda o mapa de calibração do propulsor, deixando a picape, em teoria, mais ágil e com um comportamento mais esportivo (só testando para saber se funciona mesmo).
Motor | 1.8 16V E.TorQ | 2.4 16V Tigershark | 2.0 16V Multijet II |
Potência diesel | – | – | 170 cv |
Potência gasolina | 135 cv | 174 cv | – |
Potência etanol | 139 cv | 186 cv | – |
Torque diesel | – | – | 35,7 mkgf |
Torque gasolina | 18,8 mkgf | 23,5 mkgf | – |
Torque etanol | 19,3 mkgf | 24,9 mkgf | – |
Peso | 1.619 kg | 1.704 kg | 1.779/1.788/1.871 kg |
Equipamentos de série
Antes de comentar sobre os equipamentos de série da nova versão da picape, lembre-se que o Toro Freedom 1.8 vem, de fábrica, com tração dianteira, câmbio automático de 6 marchas, piloto automático com controlador de velocidade, computador de bordo (distância percorrida, consumo médio/instantâneo e autonomia), quadro de instrumentos personalizável de 3,5″ em TFT (com relógio digital, calendário e indicador de temperatura externa), ESC (controle eletrônico de estabilidade), Hill Holder e rádio Connect com comando no volante, este com regulagem de altura e profundidade; banco do motorista com regulagem de altura, abertura elétrica do bocal de abastecimento, ar-condicionado, direção elétrica, fixação Isofix para cadeira infantil, vidros e travas elétricas (automáticas – fecham a 20 km/h), sensor de estacionamento traseiro e revestimento de caçamba, entre outros.
O Toro Freedom 2.4 Flex tem ainda capota marítima, retrovisores elétricos, brake light, luz de caçamba, sensor de pressão nos pneus, volante revestido em couro com teclas de áudio e borboletas para as trocas de marchas; rodas “Super Spoke” de 16″, além da nova cor perolizada exclusiva para a versão, a Branco Polar.
Opcionais
O consumidor do Fiat Toro Freedom 2.4 flex AT9 poderá equipá-lo ainda vários itens que deveriam ser de série, como faróis de neblina, sensores de chuva e crepuscular, retrovisor interno eletrocrômico, câmara de ré, UConnnect Touch Nav 5” (central multimídia com tela de 5”, navegação GPS, comandos de voz Bluetooth, áudio Streaming, entrada auxiliar, porta USB, MP3 e rádio AM/FM), além de bancos revestidos parcialmente em couro, teto solar elétrico, barras longitudinais no teto, rodas de liga leve 6.5 x 17” + pneus de uso misto, side bags dianteiros, window bags e knee bag (airbag de joelho para o motorista).
Modelo – 2016 | Março | Junho | Agosto | Novembro |
Toro Freedom 1.8 flex | R$ 76.500 | R$ 79.240 | R$ 81.700 | R$ 82.930 |
Toro Freedom 2.4 flex | – | – | – | R$ 98.730 |
Toro Freedom 2.0 diesel | R$ 93.900 | R$ 97.270 | R$ 97.270 | R$ 98.730 |
Toro Freedom 2.0 4X4 diesel | R$ 101.900 | R$ 105.570 | R$ 105.570 | R$ 107.150 |
Toro Volcano 2.0 4X4 diesel | R$ 116.500 | R$ 120.670 | R$ 122.710 | R$ 124.550 |
Resumo da obra
Posso considerar dois pontos para explicar porque a nova versão Freedom com motor 2.4 é quase perfeita. O desempenho e a média de consumo são muito mais honestos do que qualquer versão 1.8.
Mas é quase perfeita, primeiro, pela a ausência de alguns equipamentos que deveriam ser de série num veículo de R$ 100.000. Mesmo que a lista seja boa, faltam faróis de neblina, sensores de chuva e crepuscular e um sistema multimídia mais robusto, entre outros.
O segundo ponto é mais complexo e envolve diretamente a cabeça do consumidor. Isso pode até não acontecer, mas o interessado pela bela picape da Fiat pode ficar confuso em ter duas versões rigorosamente com o mesmo preço, R$ 98.730, com a mesma tração, 4×2, e com dois motores tão distintos: 2.4 16V flex e 2.0 16V diesel. São duas propostas diferentes, que exigem calma ao comprador na hora de escolher.
Se o Toro com motor à diesel é mais caro por causa do imposto maior, seria mais estratégico para a Fiat colocar a versão Freedom 2.4 mais barata, custando na casa de R$ 90.000, preenchendo o enorme buraco de R$ 15.800 existente entre os preços das picapes 1.8 e 2.4. Seria uma manobra muito mais correta da marca italiana, que precisa acertar agora mais do que nunca.
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Eu estava na expectativa de comprar uma toro flex mais potente, mas desanimei pelo pelo. Prefiro ir de S10 mesmo.