A história se repete. O governo anunciou o que todo mundo já esperada, por causa do mercado automotivo em queda: vai manter o IPI reduzido para carros até 31 de dezembro de 2014. Pela programação anterior, o “IPI normal”, que vigorava antes do início dos descontos, seria retomado a partir de amanhã. Com o Governo Federal fazendo a parte dele, resta saber se as montadoras vão parar de aumentar sistematicamente os preços dos seus veículos.
Logo, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros vai continuar entre 3% e 25%, dependendo do motor, até o fim do ano. Como comentei acima, a intenção do governo é tentar aquecer os emplacamentos de veículos, que estão em baixa em 2014 se comparado a 2013. De janeiro a maio, a queda é de 5,4% sobre o mesmo período do ano passado.
IPI | Até dezembro de 2014 | Normal |
Até motor 1.0 | 3% | 7% |
Motor entre 1.0 e 2.0 flex | 9% | 11% |
Motor entre 1.0 e 2.0 gasolina | 10% | 13% |
Motor acima de 2.0 flex | 18% | 18% |
Motor acima de 2.0 gasolina | 25% | 25% |
Utilitários | 3% | 4% e 8% |
Em entrevista coletiva, o presidente da Anfavea, Luiz Moan, disse que a “expectativa com a manutenção destas alíquotas é ter um segundo semestre melhor do que o primeiro”. Resta saber se o Sr. Moan continua convicto que o preço do carro no Brasil é “bastante bom”, como ele mesmo disse em abril. Do meu ponto de vista, o Brasil tem carros muito caros e as montadoras parecem não estar fazendo a parte delas para mudar esse cenário, aumentando cada vez mais os preços de seus veículos.
A redução do IPI para carros começou em maio de 2012, também por causa da queda nas vendas, o que aumentou os estoques nos pátios das fábricas e nas concessionárias. A alíquota do imposto sofreu subiu no ano passado e, conforme o planejamento do Governo Federal, subiu novamente em janeiro deste ano.