Renault Boreal, carro que me interessa (sem teto solar), começa a ser produzido no Brasil

Foto do primeiro Renault Boreal fabricado no Brasil
Primeiro Renault Boreal fabricado no Brasil

Revelado mundialmente em julho, em São Paulo (SP), o Renault Boreal teve sua produção nacional iniciada, literalmente, hoje no Complexo Ayrton Senna. A fábrica do Paraná é a primeira do mundo a produzir o novíssimo modelo, que me interessa, mas sem teto solar!

Do Brasil para o mundo

Após os modelos Kardian, Duster e Grand Koleos, o Renault Boreal é um pilar central do Renault Brand International Game Plan 2024-2027. A planta localizada na região metropolitana de Curitiba vai produzir o veículo para 17 países latino-americanos. O lançamento do Boreal acontece ainda em 2025 no Brasil, seguido pelo restante da América Latina, Turquia e outros mercados, a partir de 2026.

“O Boreal é o SUV high-tech da Renault e a tecnologia não está somente no veículo. Para desenvolver e industrializar o Boreal no Brasil nós investimos R$ 2 bilhões no país, como parte do ciclo de 5,1 bilhões de reais de 2021 a 2025”, explica Ariel Montenegro, presidente e diretor geral da Renault do Brasil.

Picture of the first Renault Boreal produced in Brazil
Boreal nacional

Presenças de peso

Thierry Charvet, vice-presidente Indústria, Qualidade e Supply Chain do Renault Group, Mendi Ammad, vice-presidente industrial da Renault para a América Latina, e Ariel Montenegro, presidente e diretor-geral da Renault do Brasil, estiveram presentes na linha de produção para marcar oficialmente o início da fabricação do Boreal.

Fábrica de ponta

O Complexo Ayrton Senna é a única fábrica de automóveis da América Latina a ser reconhecida pelo Fórum Econômico Mundial (WEF), como “Advanced 4th Industrial Revolution (4IR) Lighthouse” – “Farol da 4ª Revolução Industrial Avançada”, por ser uma planta referência em ações envolvendo a indústria 4.0.

“No Complexo Ayrton Senna aplicamos as mais avançadas tecnologias no processo industrial, como inteligência artificial, máquinas e postos de trabalho conectados, gêmeo digital, impressão 3D e AGVs, os veículos guiados automaticamente, dentre outras soluções”, afirma Mendi Ammad, vice-presidente industrial da Renault para a América Latina.

Foto do Renault Boreal
Renault Boreal

Meio ambiente

A Renault também é referência em meio ambiente, sendo a primeira fabricante a ser autoprodutora de 100% da energia elétrica utilizada de origem fotovoltaica, limpa e renovável. O Complexo Ayrton Senna é Aterro Zero desde 2016 e possui 40% de sua área de mata atlântica preservada.

“O início da produção do Boreal é mais um importante passo na estratégia internacional da Renault. O Brasil é o primeiro país a produzir o Boreal, um veículo totalmente novo e altamente tecnológico. Isso é muito gratificante para nossas equipes no Brasil”, comentou Thierry Charvet, vice-presidente Indústria, Qualidade e Supply Chain do Renault Group.

Design chamativo

Um dos pontos que mais chama a atenção do Boreal é o seu caprichado design. Na dianteira, ele tem um capô alto e horizontal, com a grade na cor da carroceria, onde se destaca o logo “Nouvel’R” e a assinatura luminosa inédita. Ela é facilmente reconhecida graças aos módulos de LED adicionais que recobrem e “ampliam” o veículo visualmente.

A frente também se diferencia com os faróis de LED que se estendem até os para-lamas e os módulos adicionais, que reforçam a base visual do veículo.

Foto da traseira do Renault Boreal feito no Brasil
Traseira é o ponto mais polêmico de design do Boreal

Lateral e traseira

As laterais são estruturadas por uma linha de carroceria marcada e curvas generosas nos para-lamas. A traseira é o ponto de design mais controverso. Não ficou feia e até combina com o carro. Mas poderia ter ficado melhor, especialmente pela “curva” na campa do porta-malas.

Por dentro

O “cockpit” do Boreal é inspirado no Renault 5 E-Tech elétrico e no Renault 4 E-Tech elétrico, com o painel duplo horizontal openR. A primeira tela está localizada bem à frente do motorista, com um quadro de instrumentos digital de 10″, que exibe todas as informações relacionadas à condução. Logo ao lado se encontra a tela de 10.1″ do sistema multimídia central, que valoriza as funções conectadas.

Ficou bacana, mas está longe de ser inédito no mercado.

Foto do painel do Renault Boreal
Embora não seja inédito, painel do Boreal ficou bem bacana

Plataforma modular

Uma das principais vantagens da Renault Group Modular Platform (RGMP) é sua a arquitetura elétrica e eletrônica. Projetada para ser totalmente compatível com as regulamentações atuais e futuras, ela abre caminho para a integração de tecnologias embarcadas com forte valor agregado.

O Renault Boreal é o primeiro veículo da marca a oferecer o sistema de infoentretenimento Google Automotive Services fora da Europa e o primeiro produzido no Brasil.

10 e 24

O Boreal oferece o exclusivo sistema Harman Kardon Premium, fruto de uma parceria com Jean-Michel Jarre. Ele integra uma dezena de alto-falantes e regulagem acústica personalizada em função do ambiente escolhido.

E, graças à arquitetura elétrica e eletrônica da plataforma, o veículo integra até 24 sistemas avançados de assistência ao motorista (dependendo da versão), uma das propostas mais completas no segmento.

Foto da dianteira do Renault Boreal
Dianteira do Boreal é ousada

Dimensões e concorrentes

Com seus 4,56 m de comprimento, 1,84 m de largura, 1,65 m de altura e 2,70 m de distância entre eixos, o novo franco brasileiro tem como principais rivais: Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e Volkswagen Taos (o que mais lembra o Boreal).

Dependendo da versão, o Renault poderá incomodar também os Jeep Commander, Toyota RAV4 e Volkswagen Tiguan, além de atrair o interesse de quem gosta do Hyundai Creta, Volkswagen T-Cross e do Nissan Kicks (o novo).

Motor e câmbio

O novo Boreal tem um conjunto mecânico velho conhecido do brasileiro: motor 1.3 turbo flex (TCe). Ele equipava o Captur e equipa o Duster, que desenvolve 156 cv de potência e 25,5 mkgf (250 Nm) de torque com gasolina e 163 cv e 27,5 (270 Nm) com etanol.

A novidade é o câmbio automatizado EDC (Efficient Dual Clutch), de dupla embreagem úmida, com seis marchas (espero que não faltem marchas para melhorar o desempenho e o consumo). O Duster 1.3 turbo conta com transmissão automática do tipo CVT que simula 8 marchas virtuais (opção que me agrada mais).

Teto solar

Para fechar, falei do teto solar porque eu não caibo eu nenhum carro com teto solar. Mesmo com o banco do motorista todo para baixo, eu bato a cabeça no teto de modelos com teto tolar, como Nissan Kicks, Chevrolet Tracker, Honda Civic, Hyundai Creta e em vários outros. Até mesmo no enorme Volkswagen Taos.

Logo, se o teto solar for item de série em toda a linha Boreal, nem cogitarei o modelo no futuro quando eu for trocar de carro.

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