
Difícil de entender – mais ainda de aceitar – a trajetória dos preços de combustíveis no Brasil. Teoricamente os valores são livres, mas deveria haver mais competição.
Estados Unidos e Europa são a base
Por décadas o preço em dólar tem-se mantido, mais ou menos, entre os praticados nos Estados Unidos, que sempre tiveram baixa taxação sobre a gasolina, e os da Europa onde, ao contrário, os impostos são muitos mais altos. Até aí, pode-se perceber, embora o País seja autossuficiente na produção e até exportador de petróleo bruto.
Petrobrás
Entretanto, a Petrobrás tem monopólio de produção de combustíveis. Em 2019 decidiu-se pela venda de oito refinarias (metade da capacidade total do País) para aumentar a concorrência.
Refinarias
Porém, foi negociada apenas a de Mataripe, na Bahia, adquirida pela Acelen, braço do fundo de investimento árabe Mubadala. Depois de o plano ser interrompido por razões puramente de política ideológica, volta-se a levar a Petrobrás a recomprar Mataripe. Não resolve e só agrava o problema.
Especialista
Roberto James, especialista em comportamento de consumo, tem opinião abalizada sobre o assunto:
“Os postos revendedores não têm como qualificar ou quantificar as diferenças de preços entre os combustíveis importados e os produzidos pela Petrobras. Toda vez que esta represa reajustes baseada numa política própria, sem qualquer transparência ao mercado, acaba favorecendo uma pequena camada de empresas que reajustam seus preços de forma arbitrária, sem qualquer controle ou teto”, explica.
Ao manter bem atado esse nó, o resultado é tudo permanecer como está ou até piorar.
Coluna Fernando Calmon (antes Alta Roda) aborda temas de variado interesse na área automobilística: comportamento, mercado, avaliações de veículos, segredos, técnica, segurança, legislação, tecnologia e economia. A coluna semanal é reproduzida em mais de 80 sites, portais, jornais e revistas brasileiros. Começou em 1º de maio de 1999.
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