Anfavea X Fenabrave: qual entidade está mais otimista para vendas de veículos em 2025?

concessionária de veículos no Brasil
Anfavea X Fenabrave

Desta vez os cálculos se inverteram na “disputa” Anfavea X Fenabrave. A associação dos fabricantes prevê crescimento nas vendas de 6,3% sobre 2024 (para 2,802 milhões de unidades entre leves e pesados), enquanto a federação das concessionárias estima em 5% (mas pode revisar, trimestralmente, ao longo de 2025).

De acordo com a Anfavea, a comercialização de veículos novos no ano passado (2,635 milhões de unidades, apesar de dezembro abaixo do esperado) subiu 14,1% sobre 2023, contra apenas 2% da média mundial apontada pela OICA (Organização Internacional da Fabricantes de Veículos, na sigla em francês).

Recorde e bons números

A soma de veículos leves novos e usados em 2024 alcançou 14,4 milhões de unidades, recorde histórico. A recomposição da frota gaúcha destruída pelas enchentes teve peso neste resultado. O Brasil se manteve, porém, como sexto maior mercado mundial de modelos novos, atrás de China, EUA, Japão, Índia e Alemanha. Com produção de 2,550 milhões de veículos (mais 9,7%), o País superou a Espanha, passando ao oitavo lugar.

Exportações e importações

Apesar da reação no segundo semestre e da desvalorização de quase 30% do real que reduziu preços de vendas ao exterior, exportações caíram 1,3%. Anfavea prevê que exportações subam 7,4% em 2025 com ajuda do câmbio favorável e da aceleração do mercado argentino em contínua recuperação. Por outro lado, as importações se elevaram em 32,5% no ano passado (em valores, R$ 30 bilhões, maior nível desde 2014) puxadas por marcas chinesas.

SUVS e picapes

Este ano os primeiros meses devem ser bons em vendas porque o estoque nas fábricas e concessionárias diminuíram de 29 para 27 dias, de novembro para dezembro de 2024. SUVs continuaram a crescer no ano passado (mais 19,4%), seguidos por picapes (mais 17,9%). Nominalmente SUVs avançaram mais que o dobro de hatches e sedãs (mais 8,1%).

Tipos de motorização

Por tipo de motorização e combustível, flex representou 77%; diesel, 9,8%; gasolina, 4,4%; híbrido plugável, 3,9%; híbridos básico e pleno, 3,2%; elétrico, 1,8%. A queda de veículos elétricos foi expressiva, cerca de 30% no último trimestre de 2024. Este cenário reflete o que já acontece no exterior.

Elétricos e híbridos plugáveis em queda

Na Alemanha, maior mercado europeu de veículos, elétricos desmoronaram 27% em 2024 com fim de subsídios e já se cogita de voltar parte destes. Até na China, volume mais importante do mundo, há tendência de estagnação e crescimento de híbridos plugáveis. Nos EUA, a Chrysler desistiu de produzir um crossover elétrico. Algumas estatísticas erradas somam vendas de elétricos e híbridos plugáveis (como se fossem elétricos).

Coluna Fernando Calmon (antes Alta Roda) aborda temas de variado interesse na área automobilística: comportamento, mercado, avaliações de veículos, segredos, técnica, segurança, legislação, tecnologia e economia. A coluna semanal é reproduzida em mais de 80 sites, portais, jornais e revistas brasileiros. Começou em 1º de maio de 1999.

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