Vou contar uma história aqui que não posso detalhar algumas coisas, para preservar os envolvidos (eu me incluo nessa), mas falo sobre o dia em que conheci o Fiat Fastback pessoalmente, muito antes dele ter esse nome e da Stellantis mostrar a sua carroceria final.
Movimentação diferente
É aquele caso de estar no lugar certo, na hora certa, como bem faz o amigo Marlos Ney Vidal.
Tudo aconteceu há cerca de 2 anos. Eu estava visitando um grande local em Minas Gerais (sem revelar o nome), onde eu tinha o costume de ir uma vez por mês, e estranhei uma movimentação diferente.
Notei pessoas que nunca tinha visto antes, além de alguns homens que pensei “devem ser seguranças” – todos sempre próximos de uma porta que nunca “importou tanto para o lugar”.
A aproximação
Finalizadas as minhas demandas, passei novamente pelo local e vi apenas os “seguranças”. Como eu já estava liberado, fiquei observando tudo de longe, na expectativa de entender o que estava acontecendo.
Depois de alguns minutos, comecei a me aproximar, calmamente, e, mesmo assim, notei um desconforto por parte dos “seguranças”. Cheguei até a porta e perguntei o que estava acontecendo ali.
Um carro?
Antes que o “segurança” me respondesse, a porta se abriu e, para a minha surpresa, uma pessoa conhecida saiu lá de dentro – e era alguém muito importante para o lugar! Obviamente repeti a pergunta à ele, que me chamou num canto e me respondeu:
“Estamos com uma surpresa ali dentro, colaborando com nossos amigos! É um produto muito promissor, com um potencial enorme de sucesso!”
Obviamente, emendei: posso conhecê-lo? A resposta foi “claro, mas você precisa seguir as regras à risca: seu celular não pode entrar, você não pode ficar por mais de três minutos e nem pode comentar com ninguém o que você verá lá dentro até que o carro ser revelado publicamente“.
O Fastback
Então é um carro? – foi o que perguntei. Ele, meio sem graça, disse: “sim”. Passamos pela porta e, para a minha surpresa, vi a silhueta de um cupê! Mas ele era mais alto do que eu imaginava!
Era exatamente o que hoje conhecemos oficialmente como Fiat Fastback. Imediatamente me lembrei do conceito com o mesmo nome apresentado pela marca em 2018, no Salão do Automóvel de São Paulo, que misturava “SUV, sedã e cupê” – foto logo acima.
Mas o que eu estava vendo era mais próximo de um carro de série, com algumas diferenças em relação ao conceito, especialmente o tamanho – bem menor.
Observações iniciais
A dianteira era muito parecida com a da picape Toro, mas o Fastback não me pareceu ser o “SUV da Toro”, como eu imaginava. Hoje, o modelo tem a frente excessivamente parecida com a do Pulse.
Traseira e lateral
A traseira me lembrou demais a dos BMW X4 e X6, algo que já era notável desde que o conceito ganhou as lentes de todo mundo (abaixo).
Mas foi a lateral que chamou muito a minha atenção. Começando pela “queda” do vidro traseiro, que ficou bem legal. Mas fiquei preocupado com a largura da coluna C, que deve gerar pontos cegos, além do excesso de lataria que invade a parte traseira.
Desproporcional
Provisórias, as molduras das caixas de roda eram estranhas, assim como as rodas, que eram apenas de “marcação”. Tudo deixava o carro maior do que parecia, mas “pesado demais” para o seu tamanho.
Logo depois que comentei com a pessoa sobre as caixas de roda, fui “convidado” a sair do ambiente e, como respeito o que combino, só hoje conto a história, uma vez que o Fastback se tornou público – mas preferi preservar os nomes e alguns detalhes (como: o que o carro estava fazendo exatamente ali).
Preocupação
Vendo o modelo pronto hoje, continuo o achando muito bonito, especialmente em alguns ângulos. Mas, em outros, minha preocupação desse dia se confirmou: Fastback parece “desengonçado” e desproporcional.
As molduras das caixas de rodas ficaram grandes demais. As rodas hora parecem adequadas, hora parecem pequenas. O carro me parece “excessivo”, especialmente olhando pela traseira, que o torna “alto e fino” demais.
Tamanho importa
O Fiat Fastback não será um SUV da Toro, como muita gente achava por conta do conceito de 2018. Ele será um “Pulse alongado”: se o Pulse é o “SUV do Argo”, o Fastback está mais para o “SUV do Cronos”. E não podemos nos esquecer que o modelo quer brigar com o Volkswagen Nivus e não quer atrapalhar o “irmão” Jeep Renegade.
Logo, o novo modelo tem mais do que os 4,10 m do Pulse, mas não tenho memória suficiente para dizer quanto ele mede exatamente. Por isso, considere que ele não passe tanto (ou fique até um pouco menos) dos 4,27 m do Renegade. Curiosidade: Nivus mede 4,26 m.
O mais importante será o espaço interno: o Fastback precisa ser mais generoso do que o Pulse em todos os sentidos, incluindo altura para os ocupantes e volume no porta-malas.
Motores
Nas duas três versões iniciais, Drive, Audace e Impetus, o Fiat Fastback terá o propulsor 1.0 turbo, de três cilindros, que desenvolve 125 cv de potência com gasolina, 130 cv com etanol e 20,4 kgfm de torque com qualquer combustível, sempre com câmbio automático, do tipo CVT, que simula sete marchas.
Outra possibilidade praticamente certa é a motorização 1.3 turbo, de quatro cilindros, usada na picape Toro e no trio Renegade, Compass e Commander, que gera 180/185 cv (G/E) e 27,5 kgfm, para uma versão esportiva.
Ele não contará motor 1.3 8V Firefly.
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Ainda não vi pessoalmente, mas as linhas da carroceria são bonitas. Será um bom concorrente do Nivus?
Espero que sim, mas o espaço interno será do Cronos… uma decepção. O Fastback seria mais bonito se fosse maior, pois ficaria bem mais proporcional.
Concordo quanto a decepção do espaço interno. Mais ainda não vi pessoalmente e não saberia opinar sobre a proporção .
Ficou com a carroceria grande mais para tamanho de menos – pode apostar!