Com o feriado prolongado, as estradas ficam ainda mais cheias e, lamentavelmente, as comemorações de Carnaval não costumam ter um final feliz para todos os foliões. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, somente nos quatro dias que marcaram a festa em 2013, foram registrados nas estradas federais mais de 3.000 acidentes, com um saldo de 1.793 feridos e 157 mortos. Para não fazer parte destas estatísticas e aproveitar o feriado com tranquilidade e segurança, o motorista deve estar atento às situações de perigo, que podem ser evitadas com a adoção de uma conduta responsável ao dirigir.
Veja algumas dicas importantes:
Manutenção preventiva
O motorista deve realizar revisões periódicas no veículo, principalmente antes de viajar, para verificar as condições dos freios, suspensão, alinhamento, pneus, estepes, sistema de injeção, condições da bateria, níveis dos fluidos, faróis e lanternas. Algumas destas verificações podem ser feitas pelo proprietário. As mais específicas, como condições dos freios, suspensão, alinhamento e sistema de injeção devem ser verificados por um especialista.
Álcool, fadiga e distrações
Além de proibido, dirigir sob efeito de álcool coloca em risco a vida de todos que trafegam na estrada. Se o motorista estiver com sono, também é uma condição perigosa que deve ser evitada. E, se estiver tomando medicação, é preciso verificar antes se ela apresenta restrições para dirigir. O motorista precisa manter o foco na estrada e não dispersar a atenção com o uso de telefone celular e consumo de alimentos, ou outros fatores. Comer ao volante dobra o risco de acidente. Já escrever uma mensagem no celular sobe este risco em mais de 23 vezes.
Alta velocidade
Em uma situação de colisão, o fator “alta velocidade” aumenta a gravidade do acidente. Portanto é imprescindível respeitar os limites de velocidade sinalizados. Com o veículo em alta velocidade, o motorista precisa de um espaço maior para frear bruscamente ou desviar do carro à frente. No caso de chuva, essa distância (e cautela de modo geral) deve ser dobrada. À medida que a visibilidade na estrada diminui, é prudente reduzir a velocidade. Diminuir por exemplo de 100 km/h para 80 km/h reduz o espaço de frenagem em mais de 15 metros, ou seja, uma distância equivalente a mais de três carros.
Distância segura
Manter o mínimo de distância segura em relação ao veículo da frente é essencial para prevenir acidentes nas estradas. A regra dos três segundos é uma maneira que auxilia o condutor na contagem dessa distância. Quando o veículo da frente passar por um poste ou árvore, deve-se começar a contar – 1.001, 1.002 e 1.003. Caso o veículo passe pelo mesmo poste/árvore antes do 1.003, quer dizer que o condutor ultrapassou o limite mínimo de distância segura. Essa contagem da distância deve ser aumentada em casos de descida e pista molhada. Algumas rodovias têm marcações na pista indicando a distância segura.
Ultrapassagem
Jamais realizar ultrapassagem pela direita, pois os riscos de envolvimento em um acidente grave são maiores. Utilizar a sinalização antes de uma ultrapassagem é extremamente importante. Por exemplo, se um motorista de caminhão não notar que um veículo está passando, pode retirá-lo da estrada.
Importante ressaltar que uma ultrapassagem em vias de mão dupla deve ser feita em trechos onde a faixa de divisão permita isso. Ela está lá para mostrar as áreas mais seguras para a ultrapassagem. Além disso, fique atento à distância do veículo que está na direção contrária e, se não se sentir seguro, aguarde o momento certo. Impactos frontais muitas vezes são fatais.
Cinto de segurança
O uso do cinto é imprescindível para a segurança dos ocupantes do veículo, pois reduz os riscos de fatalidades em acidentes de trânsito. Deve ser usado por todos os ocupantes, inclusive pelos passageiros do banco traseiro, estabelecido por regulamentação de trânsito. De acordo com uma avaliação realizada pelo NHTSA (National Highway Transportation Safety Administration), dos Estados Unidos, o condutor que usa o cinto de segurança tem o índice de risco de fatalidade reduzido em 45%, em relação ao condutor que não usa. O CESVI BRASIL estima que, se houver um aumento de 10% na taxa de adesão ao uso do cinto de segurança, é possível reduzir 1.600 mortes por ano no País.
Crianças no carro
Os adultos precisam estar atentos aos equipamentos de segurança adequados à idade, peso e altura da criança, as popularmente chamadas cadeirinhas. O Contran (Conselho Nacional de Trânsito), em 2008, regulamentou a obrigatoriedade do uso de dispositivos de retenção no transporte de crianças de até sete anos e meio em automóveis. O não cumprimento dessa regulamentação resulta em infração gravíssima. Mas lembre-se que não basta colocar a criança na cadeirinha sem o cinto de segurança. Sem ele, a criança fica solta e pode ser arremessada para frente em um impacto.
Bagagem
Objetos e bagagens devem ser transportados no porta-malas. Em uma colisão, o objeto solto pode ser arremessado no interior do veículo e seu peso é multiplicado por 25 vezes, ou mais, dependendo da velocidade. É preciso estar atento quando o veículo estiver com maior carga (passageiros e bagagens) do que o usual. Nessas condições, é necessário um maior espaço para frenagens e ultrapassagens (aceleração menor), e as curvas precisarão ser realizadas em velocidades menores.
Pedestres
O índice de sobrevivência a um atropelamento com velocidade superior a 80 km/h é praticamente nulo. É importante evitar trafegar no acostamento e reduzir a velocidade em trechos em que há travessia de pedestres. Para os pedestres, a recomendação é utilizar as faixas de próprias de travessia enas rodovias, nunca atravessar na pista. Procure as passarelas. O caminho é maior, mas muito mais seguro!
Muito cuidado, tranquilidade e boa viagem!
Fonte: Cesvi Brasil