Governo regulamenta aumento do IPI para carros importados

Veja a notícia publicada no site Folha.com, feita pelos repórteres Ana Carolina Oliveira, Eduardo Cucolo e Cirilo Junior, sobre o aumento do IPI para carros importados.

Hyundai/Divulgação

O governo anunciou na quinta-feira (15) a elevação do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) para veículos importados ou que não atendam a novos requisitos de conteúdo nacional. A medida vale a partir de hoje.

As empresas, no entanto, terão dois meses para provar que atendem às novas regras. Nesse prazo, o imposto continua nos níveis atuais, mesmo para as importadoras.

A mudança pode representar reajuste de 25% a 28% nos preços para o consumidor que comprar um carro que tenha menos de 65% de componentes fabricadas no país. Serão afetados automóveis, caminhões, caminhonetes e veículos comerciais leves. Deve encarecer, principalmente, carros chineses, coreanos e de luxo.

Jac/Divulgação

O IPI sobe 30 pontos percentuais. Atualmente, o tributo varia de 7% a 25%, dependendo da potência e do tipo de combustível. Agora, ficará entre 37% e 55%. Para as montadoras que cumprirem a nacionalização exigida, não haverá mudança do imposto.

Além do percentual de componentes nacionais, as montadoras precisam fazer investimentos e deverão realizar no Brasil pelo menos 6 de 11 etapas de produção definidas pelo governo. Entre elas, fabricação de motores e montagem de chassis.

A estimativa do Ministério da Fazenda é que entre 12 e 15 montadoras não devem ter alta de imposto, principalmente as que estão há muito tempo no país.

Kia/Divulgação

Como o Brasil tem acordo automotivo com a Argentina e o México, componentes desses países não serão considerados como importados. Por isso, o governo estima que cerca de metade dos veículos importados terá aumento de imposto e preço.

A medida vigora até dezembro de 2012 e faz parte do plano Brasil Maior, anunciado no mês passado pela presidente Dilma Rousseff.

11 etapas

Para manter o atual nível de IPI, as empresas devem nacionalizar seis de 11 etapas da produção. São elas: montagem, revisão final e ensaios compatíveis; estampagem; soldagem; tratamento anticorrosivo e pintura; injeção de plástico; fabricação de motores; fabricação de transmissões; montagem de sistemas de direção, de suspensão, elétrico e de freio, de eixos, de motor, de caixa de câmbio e de transmissão; montagem de chassis e de carrocerias; montagem final de cabines ou de carrocerias, com instalação de itens, inclusive acústicos e térmicos, de forração e de acabamento; e produção de carrocerias preponderantemente através de peças avulsas estampadas ou formatadas regionalmente. (fonte das 11: G1)

Vocês acham que o governo acertou com a medida?

Fica a sugestão para a leitura do editorial do blog Alto Giro sobre o assunto!

Comentários

  • Eu acho que foi ruim e boa ao mesmo tempo.

    Por um lado, onde já se viu carros vindos da Coreia do Sul serem mais barato do que os produzidos AQUI?! Não tinha cabimento.

    O problema é que isso veio muito tarde, e agora vai causar uma baita confusão. Isso deveria acontecer bem antes.

    Uma coisa que poderiam fazer era retirar o IPI para nacionais e aumentar, mas POUCO, para os importados.

    Assim, importadores não ficariam tão bravos e o problema dos nacionais serem mais caros seria resolvido.

  • Wladimir Pereira disse:

    O problema é que se cobra muito pelos carros produzidos aqui.

    A margem de lucro em um carro da FIAT em Brasília – DF chega a R$ 9.000,00 e isto não é custo BRASIL e sim custo concessionária.

    Se você vai a uma concessionária KIA, Hyundai, Honda, Toyota eles não dão desconto nos carros. Como eles dizem os nossos produtos se vendem.

    Já na FIAT, VW, FORD e GM tem desconto para todos os modelos.

    É um retrocesso mas parece que vai favorecer mais os empregos nas indústrias uruguaia, argentina e mexicana do que propriamente brasileira. E os coreanos e chineses que investiram no país. E a Mercedes de Juiz de Fora-MG que é montada no Brasil, mas como não tem número de peças suficientes para ser nacional o produto que sai de lá é importado. E a Hyundai aqui de Anapolis-GO vai no mesmo caminho. E o mercado de motos em Manaus-AM.

    Acho que a medida vai trazer mais prejuizo do que solução. Mas quem sabe ela tenha sido tomada para salvar FIAT, VW, FORD, GM, uruguaios, argentinos e mexicanos.

    Será que a grana do IPI vai para a saúde DILMA ou vai precisar da nova CPMF que tem o nome de CSS – Counter-Strike Source no contribuinte. E o consumidor é que vai levar esse tiro de fuzil.

  • Anonymous disse:

    NÃO QUERO DISCUTIR DE POLITICA AQUI, MAS ISSO É COISA DE GOVERNO SEM PLANEJAMENTO E QUE SEDE AO LOBBY DAS 4 GRANDES AQUI JÁ INSTALADAS.
    IMAGINEM SÓ O PREJUIZO QUE O SR. SERGIO HABIB (Citroen/Jac) VAI LEVAR COM ESSA!

  • Gustavo Meneghetti disse:

    Usaram uma medida genérica: Aumentar imposto contra produto internacional pra favorecer o mercado nacional… quanta criatividade!

    O problema é que pensaram unicamente numa visão econômica a curto prazo, já que pelo visto o Governo não raciocinou um pouco mais a ponto de perceber que essa medida vai atrapalhar o desenvolvimento tecnológico dos veículos no Brasil (que terão muito menos concorrência). Mais uma vez a indústria automotiva brasileira ruma à inércia, oferecendo produtos de baixa qualidade e com um preço altíssimo.

    Como se não bastasse, provavelmente as marcas que não sofrerão com o novo IPI vão aproveitar a oportunidade e aumentar os preços dos seus veículos, já que agora não haverá mais concorrência com os produtos internacionais, pela gigantesca diferença de preço.

    Enfim, a medida foi muito genérica e grotesca pelo seu teor de imensos 30% de aumento. Simplesmente acaba com qualquer viabilidade de compra de carros importados.

  • Nelson disse:

    Acredito que se houvesse uma reforma tributária, com redução de impostos para todos os produtos fabricados no Brasil, haveria interesse dessas montadoras cujos “carros são importados” e diga-se de passagem, “maioria de altíssima qualidade” em montar empresas para aqui, sendo que geraria empregos e concorrência leal entre todas as montadoras.
    Para terem noção de carga tributária faça uma pesquisa em preços de mesmos carros que são vendidos aqui no Brasil,compare com,Argentina, Chile, México, etc…, vão se surpreender.
    Portanto fica mais cômodo aumentar imposto e empurrar com a barriga esta tão desejada reforma tributária, para alavancar este pais e torná-lo uma das maiores potências global.

  • Anonymous disse:

    Tinha que ser nesse país mesmo!!!
    Temos agora ,que nos contentar,com esses carros nacionais defasados em todos os aspectos!!!
    Mas é claro que nossos queridos governantes, continuarão andando e comprando os mais belos carros importados.!!!

  • Filipe BH disse:

    Ao invés de reduzirem a tributação dos nacionais, sobretaxam os importados que já recolhem 35%. Uma vergonha… Acho que esta medida não vingará, visto que é considerada como protecionismo e pode ser contestada junto a OMC. O Brasil ainda pode sofrer represálias de países como China e Coréia.

  • Anonymous disse:

    É só ascender um luz no fim do túnel, vem alguém e apaga, não tem jeito vamos continuar pagando caro pelas carroças populares das montadoras ricas do Brasil!

  • Anonymous disse:

    Eu acho que esse aumento do IPI pode ser vista de duas maneiras diferentes, primeiro se pensarmos como consumidores, com certeza nós saimos perdendo, porque não temos carros mais completos por um preço mais barato. Porém se pensarmos como cidadão, a medida foi benéfica para o nosso país, isso força as marcas investir na marca. Eu sou a favor o IPI, porém deveria ser escalonado.
    abs a todos

  • Anonymous disse:

    E agora compra carro nacional…. não da neh, são extremamente simples comparados com os importados.
    Quero ver os Governantes andarem de carro nacional, tudo barulhento(mesmo zero) e com tecnologia de 10 anos atras.
    Viva o PT

  • Anonymous disse:

    Eu ia comprar um Veloster mas nao irei mais. Nao tenho condicoes de pagar 78 mil naquele carro (mais basico) e nao sou maluco de comprar uma carroca da Volkswagen.

    Agora, nas eleicoes, com certeza o Serra vai lembrar desse tiro que a Dilma deu e que saiu pela culatra.

  • Anonymous disse:

    Eu ia comprar um Veloster mas nao irei mais. Nao tenho condicoes de pagar 78 mil naquele carro (mais basico) e nao sou maluco de comprar uma carroca da Volkswagen.

    Agora, nas eleicoes, com certeza o Serra vai lembrar desse tiro que a Dilma deu e que saiu pela culatra. O Brasil cresce, a economia tambem e a condicao financeira do brasileiro tambem mas montadoras de carrocas no Brasil compram nosso governo, infelizmente.

    Como dito, a mudanca so poderia ocorrer em 90 dias apos publicacao. Se era de real interesse do pais de pecas fabricadas aqui, por que nao deu um prazo maior e incentivo para as montadoras virem com mais tecnologia pra ca e fabricar aqui? Acho que seria mais pratico o governo assumir que foi comprado pela Volks, FIAT e FORD.

    Deveria ser feito um abaixo assinado contra essa palhacada. Minha assinatura eu garanto. Ainda quero comprar meu Veloster por preco justo.

    DIGA NAO AS CARROCAS DA VOLKSWAGEN!

    CIRCO BRASIL: AQUI, VOCE E O PALHACO! (Nos)

    Abracos

  • Era só o que faltava. O governo até pode esta querendo proteger o mercado interno evitando que os importados cresçam, mas acaba sendo uma faca de dois gumes, onde as montadoras nacionais acabam ficando livres para produzir produtos de qualidade baixa e vender a preços altos. Tal medida não seria necessária caso os nossos carros fossem mais bem equipados…
    Abraços e visitem: http://www.zerorodas.com.br

  • Ralph Cafure Bolssonaro disse:

    É triste ver as mensagens de dois anos atrás serem confirmadas.

    Hoje 2013 vê-se a alta de preços de autos com baixa tecnologia, baixa motorização, tudo graças ao (des)governo que sempre tem permeado o Brasil, em prol de interesses estrangeiros.

    Há quatro fatores de relevo: o alto lucro das empresas montadoras (triplo dos EUA, e segundo a Forbes: o preços dos carros daqui é ridículo); ausência de indústria nacional (lembrem-se: as principais marcas são dos EUA, Europa e Ásia) e; a baixa renda da população que é forçada a comprar motos ou carroças depenadas e os impostos mais elevados do mundo, fazem do Brasil apenas um mercado consumidor e de produtos ultrapassados.

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