Alugando carro na Localiza #1

Vocês sabem que eu tenho um grande azar com a Localiza – ou que essa locadora realmente não presta um serviço decente. Problemas sem fim, desilusão, quase um atentado à minha vida… realmente já passei por tudo.

Depois de inúmeros “esse não é o padrão da Localiza” e de contatos recebidos, em sua maioria, vazios e, provavelmente, automáticos, percebi que, definitivamente, a Localiza não fez (e faz) o mínimo esforço de relacionamento ou de comunicação (gerenciamento de imagem) para tentar reverter a péssima impressão que eu tenho da empresa (pela quantidade de e-mails que recebo de internautas, não só eu tenho essa percepção).

Se como jornalista e especialista em comunicação e gestão empresarial consigo ver várias soluções para casos como esse, como cliente, não vejo muito o que fazer, já que as experiências, em sua maioria, continuam abaixo da média.

Então, para levar a realidade das locações para o leitores, estou criando uma série de posts chamados “Alugando carro na Localiza”. Dessa forma, consigo detalhar, num vasto conteúdo, o que realmente acontece com os clientes dessa locadora. E começo com um Chevrolet Cobalt LTZ 1.8 automático 2018.

Todos os posts terão essa tabela abaixo, com a nota que a Localiza merece pela locação. Dessa forma consigo ter sempre os mesmos critérios e parâmetros por experiência.

#1: Chevrolet Cobalt

Quando cheguei ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), no meio da manhã de uma terça-feira, fui direto guichê da Localiza e avisei que eu precisaria do transfer até a loja. Esperei por quase 15 minutos até que a van chegasse para me buscar – uma Renault Master novinha, limpa e confortável (com wifi).

No caminho até a loja tentei liberar o meu carro alugado pelo aplicativo da própria Localiza. Tudo aparentemente tinha dado certo. Mas, ao chegar na loja, fui direto ao guichê e, para a minha surpresa, praticamente tudo que eu tinha feito não adiantou para nada.

A retirada

Eu tinha reservado um veículo econômico com ar-condicionado, um Nissan March, que me atenderia pela placa do rodízio da cidade, pelo espaço para dirigir e pela economia de combustível – item importante nesse momento em que o Governo Federal apelou com os preços. Como esperado, a Localiza não tinha o March.

A solução apresentada então foi um upgrade. Vários carros e opções passaram pela minha cabeça, mas não alimentei expectativas, afinal, eu estava na pior loja da Localiza que conheço – a do aeroporto de Congonhas (onde todos os meus principais problemas recentes aconteceram).

O carro

Para a minha agradável surpresa, o Nissan March virou um Chevrolet Cobalt LTZ 1.8 automático 2018 com apenas 2.000 km rodados. Ponto para a Localiza.

O carro em si estava impecável, limpo, cheiroso e pronto para sair. Fiquei com ele por três dias e ele me atendeu muito bem. Até irei publicar um teste em breve: Chevrolet Cobalt LTZ 1.8 automático, o carro bom.

*: Todo numero em algarismo que estiver na coluna da direita será uma nota. Se for por extenso, é uma informação.

A devolução

No dia da devolução, enchi o tanque com etanol e voltei até a agência de Congonhas. Estava tudo indo bem quando percebi que a situação ia desandar. Isso porque a pessoa que recebeu o veículo começou a reclamar, educadamente (e não comigo), de alguma coisa.

Não entendi o que estava acontecendo e perguntei qual era o problema. Ela me disse que não conseguia fechar a minha locação por algum problema e me pediu para ir até o balcão da loja, procedimento não mais necessário há algum tempo.

Nesse meio tempo, o motorista da van que me levaria de volta para o aeroporto, e que estava me esperando, me deixou para trás, pois precisou levar outro passageiro, para o meu desespero, uma vez que eu estava em cima da hora para o voo (trânsito de São Paulo me pegou nesse dia).

Sistema, sempre ele

Tentei me acalmar e entrei na loja, onde precisei esperar duas pessoas serem atendidas na minha frente. Não foi uma espera muito longa, mas eu estava nervoso para ir embora rápido.

A moça tentou fechar a locação pelo computador e, mais uma vez, não conseguiu. “O sistema está lento hoje”, ela me disse. Aaaaa o sistema, sempre ele… Depois de mais alguns minutos, ela conseguiu fechar e me liberou, dizendo que a outra van que iria me levar já estava chegando.

Perguntei qual foi o problema e, aparentemente o sistema acusou que eu dirigi 9.000 quilômetros com o veículo – ao invés de cerca de 600 km. Vai entender…

Van virou capivara

Eu fiquei do lado de fora da loja esperando pela van e nada dela chegar. Não sei por quanto tempo eu estava esperando, mas sabia que corria um risco sério de perder o voo e que a minha nota fiscal da locação, não entregue em mãos, seria enviada por e-mail.

Depois de mais alguns minutos um rapaz da Localiza veio não com uma van, mas com um Chevrolet Spin (o querido capivara) e disse que iria me levar para o aeroporto. Cheguei em cima da hora, mas consegui pegar o voo e retornei para Belo Horizonte.

De 0 a 100 – nota da Localiza

Nesse primeiro episódio, a Localiza merece 71 pontos em 100 pontos possíveis. É uma nota correta especialmente pelo bom upgrade e pela qualidade geral do veículo entregue.

Resultado final: ainda não gosto da Localiza, mas sou justo – mesmo com problemas, essa locação foi positiva.

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