Nissan Kicks brasileiro: sem limites mensais e com potencial para emplacar de vez. É assim que vejo a tão esperada (e, de certo ponto, até demorada, mas compreensível) nacionalização do SUV lançado oficialmente em agosto do ano passado. Antes importado do México em duas versões, o Kicks será vendido agora nos acabamentos S, SV e SL – além do aguardadíssimo modelo modelo voltado para pessoas com deficiência (PcD) e taxistas.
Produzido no Complexo Industrial de Resende (RJ), o modelo nacional continua comercializado exclusivamente com motor 1.6 16V (sem tanquinho de partida a frio), que desenvolve 114 cv de potência e 15,5 mkgf de torque (com etanol e/ou gasolina), mas trará algumas novidades em relação ao mexicano, que sofria com a limitação mensal de importação de unidades.
Nova versão de entrada: Kicks S manual
Por sugeridos R$ 70.500, o Kicks S nacional vem com câmbio manual de cinco marchas, airbag duplo frontal, freio com sistema ABS com EBD (controle eletrônico de frenagem) e BA (assistência de frenagem), fixadores traseiros para cadeiras de crianças (ISOFIX), ar-condicionado, direção com assistência elétrica, rádio CD Player com entradas auxiliar, USB e conexão Bluetooth.
É esperado que versão S seja vendida também com o bom câmbio automático Xtronic CVT, que já acompanha o modelo desde a sua chegada, durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O Kicks S CVT ficaria acima dos R$ 75.000, mas abaixo dos R$ 80.000.
Kicks intermediário
Isso deixaria espaço para o Kicks SV, o intermediário, que deverá manter apenas a opção com câmbio CVT, podendo contar com o “pacote” Limited, uma vez que a Nissan vende hoje a versão SV Limited vinda do México por sugeridos R$ 86.490.
Mas isso é especulação, uma vez que, oficialmente, a marca não revelou detalhes do Kicks SV nacional.
Topo de linha, Kicks SL ficará mais caro
O Nissan Kicks topo de linha continua sendo o SL mas que, nacional, ficará mais caro, subindo dos atuais R$ 93.490 para R$ 94.900. Se virar brasileiro, em teoria, deixaria um carro mais barato, é de se esperar que o SUV “nipo-tupiniquim” receba alguns equipamentos de série novos.
Quem sabe o cruise control (piloto automático)? A marca japonesa já adiantou um deles, mas que será opcional: sistema de alerta de colisão com assistente inteligente de frenagem.
O Nissan Kicks SL tem a melhor média de consumo da sua categoria, segundo o Inmetro. O modelo conta, de série, com câmera 360º, Detector de Objetos em Movimento, Controles Dinâmicos de Chassi, em Curvas e de Freio Motor e Estabilizador Ativo de Carroceria , que atuam na suspensão, freios e também na estabilidade.
Principais adversários são mais caros
Os valores entre R$ 70.500 e R$ 94.900 colocam o Kicks numa posição estratégica muito boa para “bater” nos principais adversários. Apenas comparando o preço inicial dos dois representantes mais vendidos do segmento, o Jeep Renegade 1.8 flex manual vale R$ 72.990 (Sport 1.8 manual parte de R$ 80.990), enquanto a “lenda” (pouca gente já viu) Honda HR-V LX 1.8 manual tem valor sugerido de R$ 79.990.
Fim das amarras
Agora, finalmente, a Nissan poderá concentrar a sua produção nacional no trio March, Versa e Kicks, podendo aumentar o seu volume de unidades fabricadas e, por que não, vendidas, especialmente do SUV.
São mais versões, uma segunda oferta de câmbio (manual), preços mais acessíveis e o selo de “made in Brazil” que permitem ao Kicks explorar ao máximo o seu potencial de vendas por aqui.
Quem também irá se dar bem com isso tudo é o Sentra, que poderá vir importado do México em volumes mais consideráveis.
Vídeo ficou legal. No meu caso tenho um HRV a um ano e até o momento está perfeito. Suspensão firme e sem aqueles famosos grilos no painel. No momento na cidade o consumo com etanol é de 7.5km/l e 10km/l com gasolina. Dados do computador de bordo.
10 km/l com gasolina em BH é muito bom para um carro desse porte!