O post da semana passada antecipou quase todas as informações sobre o novo Peugeot 208, que teve sua produção iniciada em Porto Real (RJ) no final de janeiro, mas que só agora sendo lançado oficialmente no Brasil. O modelo chega às concessionárias da marca a partir do dia 13 de abril. Como esperado, o carro chega com visual moderno, mais espaço interno e segurança, maior tecnologia embarcada e, infelizmente, preços mais altos se comparado ao 207 BR (206,5 seria melhor).
O novo 208 mede 3,96 m de comprimento, 1,70 m de largura, 1,47 m de altura, 2,54 m de distância entre-eixos e leva 285 litros no porta-malas. Para efeito de comparação, o 207 nacional tem 3,872 m de comprimento, 1,66 m de largura, 1,44 m de altura, 2,45 m de distância entre-eixos e 245 litros e capacidade no porta-malas.
Olhando por fora, o 208 está maior, com design mais bonito e moderno. As linhas são limpas e mostram que Peugeot acertou em cheio no conjunto visual. O interior é interessante e um pouco mais espaçoso. Enquanto o volante tem visual atraente, com comandos de rádio e de outras funções (de série a partir da versão Allure) e com diâmetro menor e empunhadura mais esportiva, o console central exibe linhas curiosas, com um ressalto para as saídas de ar e para a tela multimídia (de série a partir da versão Allure). Eu diria que parece uma “refinada gambiarra” – mas que me agradou.
Versões e preços
Fiquei decepcionado com os valores pedidos pela Peugeot. A versão de entrada, Active, com motor 1.5 e câmbio manual, custa sugeridos R$ 39.990 e já vem equipada com ar-condicionado, direção com assistência elétrica, airbags frontais, freios com ABS com EBD, vidros dianteiros elétricos, computador de bordo, chave tipo canivete e rodas de aço de 15″ com calotas.
Também com motor 1.5, a versão intermediária do 208 é a Allure, que parte de R$ 45.990 (infelizmente R$ 1.000 acima do publicado na semana passada) e vem com os itens da Active, além de teto panorâmico, central multimídia (áudio, Bluetooth e navegação por GPS) com tela de 7″, retrovisores externos elétricos, luzes de neblina, rodas de liga leve diamantadas de aro 15″, detalhes externos cromados, revestimento em couro e comandos no volante.
A versão topo de linha do 208, Griffe, equipada exclusivamente com o motor 1.6 16V, tem preço inicial sugerido R$ 50.690 (R$ 300 a menos do que o publicado na semana passada) e vem equipada com câmbio manual, com os itens da Allure, além de rodas de liga-leve de aro 16″, sensores de chuva, de luz e de auxílio a estacionamento, piloto automático, alarme, vidros elétricos dianteiro e traseiros (os da frente têm antiesmagamento) e ar-condicionado digital com duas zonas. Pagando R$ 54.690 (também R$ 300 a menos), o 208 passa a ser equipado com o ultrapassado câmbio automático de quatro marchas com trocas sequenciais em aletas (borboletas) atrás do volante.
Todas as versões têm conteúdos e preços quase idênticos aos ofertados pela Citroën com o novo C3. Os motores são exatamente os mesmos. O 1.5 8V flex desenvolve 89 cv de potência e 13,54 mkgf de torque com gasolina e 93 cv e 14,2 mkgf com etanol. Já o 1.6 16V (o mesmo do 308) não tem tanquinho de partida a frio e gera 115 cv e 15,5 mkgf com o combustível fóssil e 122 cv e 16,4 mkgf com o derivado da cana-de-açúcar.
O Peugeot 207 continua em produção, mas apenas com motor 1.4 8V flex. No site da marca, fazendo uma consulta hoje, seus preços variam entre R$ 31.590 (1.4 XR 3 portas), R$ 33.590 (1.4 XR 5 portas), R$ 37.090 (1.4 XR S 5 portas) e R$ 44.990 (1.6 XS 5 portas automático) – este último morre em breve com a chegada do 208.
Resumo da obra
Gostei muito do Peugeot 208. Seu visual é mais bonito e agressivo do que o do C3, além do interior ser incomparavelmente melhor do que o ultrapassado 207 nacional. A evolução do motor 1.5 8V em relação ao 1.4 8V também é bem-vinda, assim como o propulsor 1.6. 16V mais eficiente. Ficou faltando só um câmbio automático de seis marchas.
Mas, como nem tudo são flores, fiquei decepcionado com o preço do 208. Ele está até competitivo e quase dentro do esperado, ainda mais se pensarmos nos principais adversários equipamentos com equipamentos semelhantes (logo mais publico um post sobre isso).
Fotos: Peugeot/Divulgação |
Mesmo assim, eu ainda tinha esperanças que a Peugeot fosse se tornar mais agressiva no mercado nacional, com carros modernos (208, 308 e 408), bem equipados e vendidos a preços ousados, fazendo a marca do leão se tornar mais popular e como uma “opção inicial”, e não mais como “tem também a Peugeot” – ouço muito isso depois das pessoas descartarem as primeiras opções de compra.
Veremos o que o mercado brasileiro dirá sobre o 208.
É impressionante como esses franceses são toupeiras: mal das pernas no Brasil e no mundo, era a hora da PJô colocar um bom produto no mercado a preço realista e promover a virada que tanto necessita. Vai entender…
faço das suas palavras as minhas rogério!
Outro “Bonitinho mas ordinário”, como o HB20.